Pergunta simples, mas de difícil resposta. Não pela resposta em si, mas sim porque tudo que envolve sentimentos se torna sempre difícil de expressar em palavras, em argumentos lógicos e coerentes.
O que você prefere? Uma grande amizade ou um grande amor? Muitas pessoas dirão que preferem uma grande amizade, pois esta dura a vida toda. Pois bem, eu prefiro um grande amor, pois se eu creio que uma amizade é por toda vida, eu também creio que um grande amor é por toda eternidade.
Mas não gosto desta separação, amizade e amor.
Penso que a amizade faz parte do amor. Não existe amor entre duas pessoas sem uma amizade entre elas. Porém, também penso não ser possível uma amizade verdadeira entre duas pessoas que não se amam em alguma medida.
Cabe então, talvez refletir sobre o amor. Pois existem formas diferentes de amar, embora o amor seja um só. Amor dos pais pelos filhos, dos filhos pelos pais, de um amigo pelo outro, de um homem por uma mulher, e assim por diante.
Segundo livro de autor anônimo, amar alguém é tornar essa pessoa tão real quanto a si próprio. Eu concordo. Quase sempre nosso ego faz com que a nossa realidade gire em torno de nós mesmos. Como se fóssemos o centro do nosso universo enquanto os outros ‘estão’ em nosso universo. É a sensação do ego. Amar alguém, segundo o autor, seria elevar a pessoa amada ao mesmo patamar que você em seu universo. É perceber alguém tão real quanto você. Uma ótima definição, que cabe para todas as formas de amor.
Mas quero destacar aqui também uma definição da Bíblia, perfeita em todos os sentidos, encontrada no livro de 1 Corintios 13 (4-8): “O Amor é muito paciente e bondoso, nunca é invejoso ou ciumento, nunca é presunçoso nem orgulhoso, nunca é arrogante, nem egoísta, nem tampouco rude. O Amor não exige que se faça o que ele quer. Não é irritadiço, nem melindroso. Não guarda rancor e dificilmente notará o mal que outros lhe fazem. Nunca está satisfeito com a injustiça, mas se alegra quando a verdade triunfa. Se você amar alguém, será leal para com ele, custe o que custar. Sempre acreditará nele, sempre esperará o melhor dele, e sempre se manterá em sua defesa. Todos os dons e poderes especiais que vêm de Deus terminarão um dia, porém o Amor continuará para sempre. (...)”. Eu acredito neste amor. E vejo-o em todas as formas de amar.
Como disse em textos anteriores neste blog, amar é antes de tudo uma ação. Só se ama, amando.
E a amizade? Também não incluí um doar-se ao outro sem querer nada em troca? Ser fiel ao outro sem pensar duas vezes? Estar junto em todos os momentos? Sim, é tudo isso também, tal qual o amor. Por isso eu posso dizer que numa verdadeira amizade existe sim amor. Um amigo pode dizer ao outro com convicção: Eu te amo. Assim como uma mãe fala ao filho.
Mas então voltamos a pergunta inicial: O que diferente a amizade do amor? Até aqui só encontramos semelhanças.
Uma vez que temos a certeza de que existe amor na amizade e que existe amizade no amor, temos então que definir de qual amor estamos falando e querendo encontrar o que o difere da amizade. Pois bem, estamos aqui tratando do amor entre homem e mulher, ou entre um casal. Então a pergunta apropriada seria: o que difere, numa relação entre homem e mulher, uma amizade verdadeira entre ambos e um amor verdadeiro entre ambos (no contexto de homem-mulher)?
Até onde vai este amor entre homem-mulher? Não me parece ser maior que o Amor puro pelo ser humano (o Amor pelo próximo na percepção divina). Mas me parece ser maior do que o amor entre amigos e o amor entre familiares. Em 1Corintios, na Bíblia, há também uma passagem que diz que uma forma do homem ter a certeza de que encontrou sua esposa, é quando o seu amor por ela for maior do que o seu amor por sua mãe. Sim, isso faz muito sentido. Quando amamos uma outra pessoa, com quem pretendemos nos casar e ficar junto, então criamos com esta pessoa uma nova família. Passaremos da nossa atual família, de pais e irmãos, para a nossa própria família, onde seremos os pais. Quando constituímos uma nova família (ainda que apenas um casal) então nossos pais e irmãos se tornam parentes, familiares e não mais a nossa família. Por isso devemos sim amar mais o nosso grande amor, nosso verdadeiro amor, do que os nossos pais, para podemos realizar essa mudança de família sem problemas.
Quando isso ocorre, não há influências de pai, de mãe, de irmãos, que impeça-o de ser feliz com seu grande amor. Ou seja, seu amor por sua parceira ou seu parceiro é maior do que seu amor por seus pais, irmãos, avós, etc. Ainda que sejam amores diferentes, há uma força maior.
E quanto ao amor na amizade? Também penso que é maior. Como disse no início do texto, sei que muitas pessoas consideram a amizade mais importante. Porém eu penso que o amor verdadeiro por sua parceira (seu parceiro) é ainda maior. Amizade dura por toda a vida. Um grande amor dura por toda eternidade, através de várias vidas.
Mas para surgir o amor, deve-se ter a amizade. Se há amor na amizade, é porque há elementos da amizade no amor. Só que há muito mais no amor entre homem-mulher. Se não o for, cairá na mesma questão dos familiares que podem influenciar um relacionamento. Amigos são importantes e podem influenciar de forma positiva sim, mas não definir um relacionamento onde existe um amor verdadeiro.
Muitas pessoas acreditam que se uma relação atingiu um determinado grau de amizade, então não há como os dois namorarem e se amarem. Eu penso o contrário. Só é possível se amarem de verdade quando há um grau elevado na amizade, pois isso significa dizer que já existe de antemão entre essas pessoas, o outro tipo de amor, o amor da amizade, e com ele a cumplicidade, a fidelidade, o companheirismo, o doar-se, dentre outros elementos existentes no amor de um casal. É como se fosse já meio caminho andado.
Pois bem, se quando há grande amizade, há mais chances de um amor verdadeiro, o que faz com que uma amizade se transforme em amor? Em que momento isso ocorre e o que faz ocorrer? A vivência é um elemento. A sintonia é outro. A percepção apurada, o despertar, o sentir a outra pessoa também. Quem não conhece histórias de pessoas que buscavam tanto um grande amor e quando perceberam, seu grande amor sempre esteve perto, ao lado, sendo um amigo ou amiga? Isso ocorre muito, principalmente quando a pessoa consegue ter aquele ‘estalo’. Quantos casais não começaram quando dois amigos se olharam e ‘puff’, perceberam que tinham tudo em comum, que eram muito queridos um pelo outro? Nem todo amor se inicia de uma paixão ardente. Aliás, uma coisa é paixão e outra é amor, embora haja no amor os elementos da paixão, mas não o contrário.
Entendo paixão como uma intensidade muito grande, mas em desequilíbrio. O amor possui a mesma intensidade, e até maior, mas em equilíbrio, em harmonia. Não quer dizer que paixão seja ruim, claro que não. Apenas estou procurando diferir ela do amor. Muitas amizades começaram por paixão também. Depois que este diminui, percebem que não era amor, apenas amizade. E em alguns destes casos, a amizade cresceu posteriormente e então veio o amor. Não há uma regra definida quanto ao início. Mas há quanto a continuidade, a saber: A vivência, seja para perceber o amor, seja para manter o amor, seja para fortalecer o amor.
Quer dizer então que se eu me apaixonar, não vou amar? Não, quer dizer apenas que se você se apaixonar, isso não é amor. Vai ser preciso existir uma amizade forte entre vocês, ainda que já em namoro, para que possa surgir o amor. É como se a amizade fosse um solo fértil para que o amor cresça. E as ações do dia a dia fossem você regando este solo, esta semente de amor, para que cresça e fique forte.
Quando existe apenas paixão, a intensidade em desequilíbrio, num casal, há sempre a possibilidade de que um simples desentendimento acabe com tudo. Isso porque um desentendimento gera mais desequilíbrio, que por sua vez não consegue ser administrado por uma força que já está em desequilíbrio, a paixão. Ao contrário do amor, que é uma força intensa em equilíbrio, capaz de entrar em ressonância com as energias em desequilíbrio que surgirem, a ponto de re-equilibrar todas elas. Converse com um casal de idosos casados há anos e felizes. Eles dirão que passaram por muitos problemas e superaram. Pois tinham o verdadeiro amor, a força intensa de equilíbrio capaz de ajuda-los a superar estes momentos. Brigaram muitas vezes, mas souberam que havia um amor ali e que isso era maior que qualquer outra coisa.
E como percebemos quando estamos amando um amigo ou uma amiga? Antes de tudo, é importante dizer que não é preciso que você já esteja amando. Você pode estar propenso a amar, pode estar com um envolvimento tão forte, um sentimento tão forte por alguém que já é seu amigo ou amiga, que basta um namoro, um tempo de convivência, para que o amor verdadeiro entre vocês surja. Isso não significa dizer que você deve então sair namorando com as pessoas na esperança que daí surja seu grande amor. De forma alguma. Isso seria um movimento do ego e não do coração, ainda que camuflado sob o prisma do ‘desejar um amor para sua vida toda’. Mas não é assim que o amor vem. Pelo contrário, neste ponto há um ditado chinês que cabe muito bem aqui: “Cuide do seu jardim, e as borboletas virão”. É a mesma coisa. Cuide de si mesmo, do seu coração, das suas virtudes, da sua integridade, do seu amor pela vida, por si mesmo, pelos outros, e irradiando este amor, com certeza seu grande amor virá, atraído por ti.
Lembre-se do exemplo que dei anteriormente, do casal de amigos que tanto buscavam por um amor e que somente quando conseguiram parar um pouco a tempestade em seus corações é que puderam perceber que este amor estava ao seu lado o tempo todo. Acalme seu coração e ao invés de buscar desesperadamente um amor, apenas seja amor.
Quer dizer então que eu já devo olhar para os meus amigos e amigas pensando que podem ser meu grande amor? Não, também não é assim. Este comportamento é igual ao que acabei de citar. Correr atrás. Não vai adiantar você agora querer namorar todos seus amigos e amigas na esperança de que um deles seja seu grande amor. Isso seria o mesmo que ficar beijando todos os sapos que encontrar na esperança de que um deles se transforme em seu príncipe (ou princesa)! Não faça isso. Apenas deixe fluir. Faça a amizade dar certo. Espere para ver se vai surgir algo depois de um tempo, algum sentimento mais diferenciado. Aproveite a amizade inicial. Cultive ela. Não queira logo transformar o outro em seu grande amor e vice versa. Também não fique vigiando para ver se isso ocorre. Não há um momento exato em que uma amizade deixa de ser apenas uma amizade e começa a ser amor de casal. Deixe fluir.
Até porque não adianta apenas um dos lados pensar que o outro é seu grande amor. Isso ocorre muito em relação a apaixonar-se, a encantar-se. Um dos lados se apaixona ou se encanta pelo outro sem existir uma correspondência. A amizade neste ponto pode se tornar instável, e até terminar, a menos que já exista um amor de amizade muito forte que consiga lidar com isso e superar. Pois um amor de amizade verdadeiro também é mais forte que uma simples paixão ou encantamento. Isto passa e a amizade continua. Talvez por isso muitas pessoas confundam e acreditem que uma amizade é mais forte que um amor de casal. Não é, mas é mais forte que uma paixão ou um encantamento.
Porém, voltando a questão, pode sim iniciar apenas de um dos lados. Dificilmente um relacionamento começa de ambos os lados ao mesmo tempo, com os dois passando a se gostar da mesma forma ao mesmo tempo. Então aquilo que era apenas paixão, encantamento de um dos lados, pode se tornar amor na medida em que o outro lado vai aos poucos percebendo que também sente algo. E numa amizade, é quase sempre assim que ocorre. Mas sem forçar nada, sem ficar ‘beijando todos os sapos que aparecerem’. Deixe fluir a relação. Quando há uma forte amizade, há sim as chances das coisas caminharem neste sentido, de surgir um encantamento, que poderá passar para uma paixão (intensidade em desequilíbrio) até chegar ao amor (intensidade em equilíbrio). E até mesmo iniciar um namoro a partir do encantamento, suficiente para então fazer surgir o amor. De qualquer modo, agindo assim, no mínimo você ganhará um(a) grande amigo(a). Deixe fluir. As borboletas virão.
Para finalizar, então o que difere a amizade do amor de casal? Alguns apressados poderiam dizer que seria o sexo. Mas não. Há sexo também entre amigos que não se amam. Outros poderiam dizer que é viver juntos. Mas não, pois há amigos que moram juntos e não se amam, embora a convivência possa ajudar a fazer surgir um amor entre os dois. Tem ainda quem vá dizer que é compartilhar bens. Não, pois há casais com divisão total de bens que se amam, assim como há amigos que compartilham bens em comum, mas não se amam.
Contudo há uma diferença entre amizade e amor. Você, eu, todos nós sabemos que há. Mas talvez por esta diferença estar em algo que não é possível de ser ver, por estar justamente na esfera dos sentimentos, das emoções, como eu disse inicialmente, é que se torne difícil de expressar e definir claramente em palavras.
Quando você consegue olhar para uma amiga ou amigo e dizer que é apenas amizade muito forte e quando consegue dizer que já existe ‘algo a mais’? Bom, ‘algo a mais’ não quer dizer amor necessariamente, mas poderá se tornar. Quando se torna amor, você consegue dizer e saber. Mas não sabe quando se transforma em amor, em que momento exato isso ocorre. Assim como é difícil dizer quando é amizade forte e quando já é algo a mais. Difícil explicar. A diferença entre amizade e amor de casal também é assim. Você sabe que existe a diferença. Mas não sabe bem como explicar.
Diante disso, fico com a resposta do filósofo Santo Agostinho, quando lhe perguntaram o que era o Tempo. Não é o tema aqui, mas sua resposta bem cabe a esta nossa questão: “Se não me perguntarem, eu sei. Se já me perguntarem, eu não sei”.
Então, simplesmente, deixe fluir... seja o amor... e ele(ela) virá... ou se revelará...
24 abril, 2007
O que difere a amizade do amor?
Postado por
Peter
em
24 abril, 2007 às 03:26
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9 comentários:
Quem dera pudéssemos ser 100% entendidos,
quem dera pudéssemos nos entender,
queria conseguir transmitir claramente o que pensa saber meus pensamentos mas eles se perdem no trajeto até minha fala.
Que bom que tudo eh assim, abismos de questionamentos, de tudo queremos respostas, entendimentos...
“Se não me perguntarem, eu sei. Se já me perguntarem, eu não sei”.
Deixe fluir...
Esse texto me fez refletir sobre tanta coisa na vida...
Bem naquelas: "Se não me perguntarem, eu sei. Se já me perguntarem, eu não sei." ...
O segredo de tudo é simplesmente deixar fluir...
Pena, que demoremos pra entender isso na vida... sobre todos os aspectos...
Quando acabei de ler pensei como é estreita essa linha que separa a amizade do Amor.
Logo um pensamento surgiu:
mas será que essa linha existe?
Bjos de luz!
Aqui vai uma homenagem a um grande amigo meu:
"Eu preciso te contar o que estou sentindo Eu poderia mentir para mim mesmo, mas é tudo verdade. Não há como negar quando olho nos seus olhos estou com a cabeça em você Eu vivi tanto tempo acreditando que todo amor é cego Mas tudo em você Está me dizendo que agora é... Pra sempre...Forever!"
Amigos tbém dizem: Eu te amoooo!
Olá Peter!Resolvi conhecer a comunidade e espero que atenda a minha expectativa.Primeiramente, precisamos conhecer para depois fazermos uma avaliação melhor.Bom, é assim que penso a respeito do que se quer conhecer.Por isso, não vou deixar qualquer comentário sobre os textos agora.Da mesma forma, vocês também querem saber quem eu sou.
É um tanto difícil, porque as pessoas são muito diferentes. Noto que as pessoas ultimamente vem perdendo os bons valores e ficam com medo se relacionar umas com as outras.Por isso, não conseguem distinguir que tipo de amor que viver.Luzenilda
Foi muito bonito isso tudo que li, ...por acaso uma vez me apaixonei por um amigo meu mas depois uma amiga minha tambem gostava dele e decidi afastar me e nao sei depois de algum tempo quase 4 meses ou mais nao senti mais nada foi muito estranho como se nunca tivese gostado dele
Bom e que sentimento fica entre a amizade e o amor?
Sem dúvidas, esse um dos textos que mais me fez pensar, que mais me trouxe arrepios na espinha em vários momentos ao lê-lo.
Até então, eu havia uma idéia do amor que a ciência claramente explicava e me dizia como a lógica toda funcionava: O cérebro desencadeia suas doses absurdas de hormônios, como a dopamina e cria a paixão, que nos cega e deixam o casal apaixonado maluco.
Nesse meio tempo, uma tal de oxitocina começa a ser produzida, sendo que essa substância é a mesma que se encontram nas relações entre mãe e filho, ou entre aquele amor mais incondicional.
Juntando essa parte que a ciência tenta explicar,mais essa de toda a reflexão presente nesse texto, acabo entendendo algumas coisas.
A paixão é um sentimento único, maravilhoso e prazeroso, pois é uma forma biológica de nos dar um impulso para o amor. Só que o amor é ainda mais incrível, pois como foi dito, ele trás a "intensidade em equilíbrio".
Mas mesmo no amor mais incrível e belo, como aquele contado para nós por casais de idosos muito felizes, ocorreu uma aceitação tão mútua dos defeitos e qualidades, que ambos se tornam uma só realidade, como já dito logo no ínicio do texto aqui.
Então é isso... se a amizade for capaz de incorporar alguém para nossa vida como se realmente fosse a nossa, isso é o suficiente para deixar as dúvidas e incertezas de lado. Enquanto as coisas fluírem sem que um pense "ah, preciso que fulano(a) se apaixone por mim", então essa preocupação, se não for correspondida (e geralmente nesses casos de dúvidas não é) então um lado tenta bloquear o sentimento, procurando diferenças entre as realidades para que elas não se igualem.
Se tudo fosse deixado fluir naturalmente, acredito que as realidades vão crescer ao ponto de que o amor platônico aconteça.
Minha única dúvida, e se alguém puder me ajudar a responder, é sobre a diferença entre o amor platônico que está em um casal, daquele que está entre a mãe e um filho, por exemplo.
Afinal de contas, é um amor incondicional, possuí a intensidade em equilíbrio, possuí a amizade acima de tudo, e é completamente mútuo e verdadeiro. E ainda além de tudo isso, faz parte da nossa realidade.
Será que não é a "paixão", o ingrediente necessário para entrelaçar os casais, e o convívio e a amizade duradoura acabam quebrando esse ingrediente, devido ao fato do cérebro não mais liberar as substâncias neuroquímicas responsáveis pela atração física, que inclui, entre outras coisas, a necessidade natural de criar a própria família, de se reproduzir e continuar a espécie?
Não sei se fui claro, mas a reflexão presente nesse texto foi tão profunda para mim que ficaria muito grato se novas contribuições à esse assunto intrigante fossem discutidos.
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