26 dezembro, 2015

A Vivência de Deus


O significado de Deus é algo que está além da lógica e da razão. Passa pela vivência. Uma vivência que está no dia a dia, nas interações com pessoas, natureza e situações, nos sentimentos, nas relações e nos pensamentos. Existe algo na existência que foge à lógica. A lógica não consegue alcançá-la e tampouco significá-la. Algo que é sentido, ainda que não explicado. Algo superior.

No fundo, não cabe explicação, apenas a sua vivência. Pode-se imaginar que é preciso crer. Mas, não se trata de crer apenas, e sim de vivenciar Deus. Como disse Teilhard de Chardin, “A partir do momento que deixo de vivenciar Deus, passo a crer Nele; E toda crença é um objeto sujeito à perda.”


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20 agosto, 2015

A profundidade dos nossos relacionamentos

A profundidade do seu interesse numa outra pessoa (e o dela em você) determina o tipo de relacionamento que vocês terão. Se forem interesses rasos, apenas na superfície, então a relação terá raízes curtas, sendo facilmente interferida por situações menores, durando pouco, ou se mantendo em meio a muito estresse e conflitos. Se forem interesses mais profundos, então ela terá raízes mais fortes, será mais verdadeira e criará melhores laços entre os dois. Interesse pelo superficial da outra pessoa seria mais ou menos se interessar acima de tudo pelo corpo da pessoa, por pensamentos rasos dela em conversas triviais do dia a dia. Já o interesse mais profundo envolve querer conhecer seus ideais, seu comportamento no dia a dia, seus sonhos, sua alma... ou seja, conhecê-la de modo mais profundo, ir além da sua ‘casca’. Hoje em dia isso raramente acontece porque estamos nos acostumando a querer conhecer tudo de forma superficial, não nos envolvendo de verdade com nada e nem ninguém. Não há entrega. E quando há, quase nunca é visando a alegria do outro, mas apenas a si próprio em benefícios futuros.

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31 dezembro, 2013

A espiritualidade e o nosso Eu na correria do cotidiano

Novamente aqui estou no último dia do ano para escrever em meu blog. A verdade é que desde 2009, ou seja, há cinco anos, minha vida entrou num ritmo de correria, sempre com preocupações, planos, objetivos e busca de soluções para problemas cotidianos. O curioso é que tudo isso quase sempre girando em torno de papéis sociais. De mim mesmo, do meu Eu, cujo lado espiritual é muito forte, pouco dei atenção nesses cinco anos e isso explica muito o porque deste blog ter ficado parado durante este período.

E como fazer diferente? Ou seja, como viver neste cotidiano corrido da atual sociedade onde somos obrigados a assumir papéis sociais, sem, no entanto, deixar de lado a nossa essência e a nossa espiritualidade? Esse é o tema desta postagem.

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31 dezembro, 2012

Sobre mudanças internas e externas



Muitas vezes nossas vidas tomam um caminho daquilo que é possível fazermos. E esse caminho nem sempre é aquele que planejávamos tomar. Contudo, sempre é possível ajustar os caminhos, de modo que se cruzem e se unam. As principais mudanças nascem de dentro e é de dentro de nós mesmos que precisamos comandar nossas vidas, ou, ao menos, a direção dela. 

Além disso, é preciso agradecer a Deus pela vida que temos, pelas boas coisas que com certeza temos. E pedir forças para superar as adversidades. A vida é muito rica e se estivermos em sintonia com ela, certamente mudanças virão e coisas melhores acontecerão.

Sintonia seu interior com sua vida exterior. Harmonize-se internamente e consequentemente externamente também.

Observe seus atos e pensamentos. Veja se estão de acordo com o que você quer de você e de sua vida. Veja se entram em conflito ou se estão em harmonia. 

Comece toda grande mudança a partir de dentro e mantenha a perseverança na realização exterior desta mudança.

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31 dezembro, 2011

Feliz Ano Novo

Depois de mais de dois anos e meio, eu novamente posto um texto em meu blog. Ainda não é um texto filosófico como diversos postados anteriormente. Desta vez quero postar um breve agradecimento pelas coisas boas de 2011 e também pelas coisas boas que virão em 2012.

Muito se fala que podemos mudar tudo de um ano para outro. É verdade. Mas é importante perceber que podemos mudar sempre, não só de um ano para outro, mas de um dia para o outro, através de dias. A mudança não ocorre repentinamente, embora seu fator motivacional possa acontecer assim. A mudança ocorre com o tempo, as vezes curto, as vezes longo. São passos que damos. Passos que somados formarão um novo caminho, a mudança.

Que este ano novo seja de passos iluminados, protegidos e guiados Divinamente para todos nós. :)
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06 março, 2009

O Amar e o Amor (Parte 1)

Em 2007 eu escrevi aqui neste mesmo blog, dois textos sobre o amor. Em um deles fiz uma comparação com a amizade e citei passagens da Bíblia sobre o Amor. No outro, falei da importância de se abrir ao Amor, permitindo amar ao próximo como a si mesmo.

Agora eu gostaria de falar sobre a diferença entre Amar e Amor. No fundo, se trata de uma reflexão a respeito do que pode representar a idéia de Amor e do ato de Amar. Amor é algo idealizado, estático, um princípio a ser seguido, contemplado, realizado. Nossa Alma possui em si a essência do Amor. Já o Amar é a própria realização do Amor. É seu movimento, sua ação, seu vir-a-ser.

Sem Amar, não há Amor. E sem Amor, não há para onde se movimentar o Amar.

Pescando um pouco a filosofia de Plotino e de Platão, existe o Amor Pleno, e parte dele, ou a essência dele, também existe dentro de nós. Este Amor que está dentro de nós se mostra de diversas formas, e quando idealizado, se mostra na forma estática. Isso não é ruim, pelo contrário, é bom e necessário, pois precisamos ter algo estático, algo pleno e absoluto, uma referência, de onde nos guiamos. Se tudo fosse apenas movimento e sensação de movimento, nos perderíamos. Mas enquanto algo é ao mesmo tempo estático e fluído, ideal e movimento, então temos para onde ir.

Quando entramos em contato com o Amor fora de nós, nossa Alma se reconhece nele, vislumbra o Amor e fica feliz. Mas é na ação do Amar que ela se torna o Amor. Contemplamos e então amamos. O Amar é o movimento do Amor. É o que faz existir o Amor em nós. Amar alguém, Amar alguma coisa, Amar a nós mesmos. Amar é sair do estático, para se tornar estático em movimento.

Imagine a Existência como uma linha horizontal. Você se movimenta nesta linha, e o Amor também. Quando o Amor fluí, ele é Amar. E quando o Amar acontece, então se criou o Amor na linha existencial. Se você ou o Amor parar, o outro avançará e se distanciará. Quando você está num carro e outro carro ao lado está mais rápido, parado ou mais lento que você, então um carro se distancia do outro. Mas quando você e aquele outro carro estão se movimentando na mesma velocidade, então ambos perdem a noção de que estão em movimento. Ficam estáticos um para o outro, mas continuam em movimento na verdade. Quando você ama, quando existe o Amar, que é o movimento do Amor, então você cria o Amor estático, ou a sensação dele, pois no fundo você está em movimentação também com o Amar. Se você parar de Amar, verá o Amor se distanciar. Restará apenas uma idealização interna do Amor em você.

Repito, a idealização do Amor interna é algo bom e necessário, pois ela serve de norte para onde nossa Alma quer ir. Mas é preciso ir. É precisar Amar. É preciso o movimento para criar a sensação de estático, e é preciso o estático para saber para onde se movimentar. Assim é o Amor e o Amar.

Em um próximo texto irei comentar de modo mais prático, com exemplos, o que é este Amar e o que é o Amor em nosso dia a dia, em nossos relacionamentos.

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17 janeiro, 2009

A nova era e velhos comportamentos

Eu estou escrevendo um texto com uma breve e possível explicação filosófica sobre porque as vezes parece que a Lei da Atração nem sempre funciona. Contudo, percebi que era necessário primeiro falar um pouco sobre a importância da inserção da filosofia em tantos conceitos e ‘Segredos’ sendo ‘revelados’ atualmente. Até para que fique claro que não sou contra tais textos, conceitos, muito pelo contrário. Sempre adorei livros de auto-ajuda, assuntos relacionados a Nova Era e espiritualidade. Quem me conhece, sabe disso desde criança.

E justamente por gostar tanto de ler (e ouvir) a respeito, estudar, pesquisar, praticar, é que me sinto mais a vontade para fazer críticas a respeito, com intuito de questionar e assim ajudar quem também, como eu, está sempre envolvido nisso tudo.


Pois bem, vou pedir que leia atentamente o texto abaixo:

“Nada equivale ao que a Luz ativa, que hora desperta, hora adormece, faz por nós em momentos tão relevantes de nossas vidas. Sim, pois todos nós temos tais momentos, que para uns poderiam ser mais importantes e para outros menos, mas em todos eles, são relevantes pois são momentos do nosso puro existir. Se faz mister, portanto, entender e compreender que temos poder sobre tal Luz. E o que é este poder? É justamente o de ativa-la e também desativa-la, mediante nossa deliberação interior. Pois a Luz somente poderá fazer algo, com a nossa intenção. É preciso primeiro haver nossa intenção para depois então, realizada nossa ação em prol dela, sermos ajudados por ela mesma, iluminando nosso espaço-tempo atual. O que era escuro, se revelou.”

Qual sua interpretação do texto acima?

Em tempos atuais (leia-se: últimos anos e até décadas) de tantos livros, textos pela Internet sobre Lei da Atração, O Segredo, Seres de outros planetas que vêm a terra para nos ajudar, espíritos que voltam ao nosso plano para chamar nossa atenção, e tantos livros de auto ajuda com uma linguagem pobre de fundamentos, nossa mente acaba sendo envolvida por um ar de que, ‘tudo o que é dito, é verdadeiro’. Se pensarmos que a verdade em parte é relativa, sim, então tudo que é dito, é verdadeiro para si mesmo. Contudo, nem tudo é uma verdade universal. Há uma interpretação nossa dos fatos ditos que muitas vezes é ignorada.

Por isso, volto a perguntar: qual sua interpretação do texto que citei? É um texto sobre a nova era, sobre a Luz Divina, sobre uma Luz que alimenta nossa existência?

Não. É apenas um texto mais incrementado sobre nossa relação e ato de ligar uma lâmpada em um aposento escuro.

Porém, nossa mente habituada a coisas ‘maiores’, de maior ‘magnitude’, tende a querer ler aquilo tudo, não contestar nada, e aceitar como ‘mais uma verdade’ da nova era. Falta uma base no texto que permitiria você argumentar em prol disso. Uma construção com alguns elementos filosóficos. Mesmo que seja a intuição, a sensação de que tudo aquilo diz respeito a uma verdade maior, ainda assim, falta uma pequena base argumentativa e filosófica que explique isso. E o mesmo vale para muitos textos e discursos atuais sobre nova era e espiritualidade.

Sem tal base filosófica e argumentativa mínima, a impressão que se tem é que tudo se torna um texto trazendo uma verdade universal sobre tais conceitos da existência humana, mesmo que seja apenas um texto sobre o uso de lâmpadas, como o acima.

Aliás, uma das explicações para isso é o fato do ser humano, há séculos, tender sempre a querer algo novo em sua vida. Algo inusitado, a pedra que faltava para ele mudar sua vida definitivamente para melhor. A salvação de sua vida com pouco significado (que ele mesmo lhe deu pouco significado, diga-se de passagem).

Algo como: agora que aprendi sobre a lei da atração, então minha vida vai melhorar e eu finalmente serei feliz.

Porém, posso citar, por exemplo, um ensinamento muito antigo, mas sempre atual em importância, que é o de que devemos amar ao próximo como a nós mesmos. Se as pessoas simplesmente colocassem isso em prática, já seriam muito mais felizes, com uma vida plena de significado, e o mundo seria muito melhor.

Mas qual a graça em falarmos de amar o próximo (e fazermos isso efetivamente) se podemos falar de um poder secreto, que realiza desejos e que fará nossa vida mudar totalmente?? Pois é, o ‘novo e misterioso’ sempre chama mais atenção.

É a nova era... com os velhos comportamentos humanos.


Em tempo: a intenção deste post foi a de ser uma crítica construtiva, pois muitas vezes a gente se deixa levar por tanta coisa legal da nova era, que damos a elas uma dimensão maior do que lhes é própria, e com isso, diminuímos outras que seriam, a priori, mais importantes. Claro que não quero generalizar, mas escrevi neste tom para que pudesse ter maior alcance nas palavras e na idéia a ser debatida.

Em breve vou postar o outro texto, sobre porque as vezes a lei da atração parece não funcionar sempre.

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05 outubro, 2008

Calma

Tenhas calma, seja uma pessoa calma.

A Calma tem uma importância na vida que poucas pessoas percebem. Hoje em dia tem sido muito comum a busca pelo entendimento das chamadas Leis do Universo, tais como a Lei da Atração, a Lei do Retorno, a Lei do Amor, dentre outras tantas. Livros e mais livros, palestras, cursos, a busca pelo conhecimento e pela evolução do ser humano parece estar super viva em nossa sociedade.

Tudo isso tem um lado muito bom. Todos querem paz, querem amor, querem tolerância religiosa, querem respeito, querem pessoas mais éticas e honestas.

Contudo, não costumo assistir nestas palestras, nos cursos, tampouco ler nos livros ou ouvir nas ruas as pessoas pedindo por Calma. Não parece ser uma das virtudes, ou um dos atributos que se dê tanta importância nesta evolução do ser humano.

Porém, me arrisco a dizer que é um dos primeiros passos que devem ser dados por todos.

Uma pessoa calma consegue atingir seus objetivos com maior naturalidade e sem tanto desgaste. Consegue desfrutar mais do caminho e não apenas da chegada. Consegue evoluir de modo mais espontâneo, fluindo com a vida. Uma pessoa calma consegue aprender mais, está mais atenta ao que acontece ao seu redor, consegue pensar melhor e possui maior auto-controle. Consegue ser mais facilmente quem se propõe ser.

É como se tornasse tudo mais fácil em sua evolução e caminhada espiritual e terrena.

Já dizia Jesus, "Bem aventurados os Calmos, pois a terra será deles".

A terra será deles. Dos calmos.

Outras religiões também pregam a Calma como fator fundamental. Aliás, muitas delas, como o zen-budismo, nem mesmo focam a Calma em sua teoria, por já considerá-la fundamental no próprio comportamento.

Este é o ponto: comportamento calmo, ser uma pessoa calma.

Isso é diferente de simplesmente relaxar em alguns momentos. De fazer uma meditação, escutar uma música new age, clássica, ou fazer uma Yoga, ir na praia, cachoeira, com o intuito de se acalmar e relaxar.

Tais atos são ótimos, mas a calma não deve ser buscada e visada como um 'remédio' que você precisa 1 comprimido por dia. Não, pois a calma é um estado de ser. Você não tem que buscar estar calmo apenas, mas sim SER uma pessoa calma.

Há uma crença de que ser calmo diz respeito a personalidade de nascença, e que alguém que sempre foi agitado não conseguirá se tornar uma pessoa realmente calma, apenas ter momentos de relaxamento. Isso não é verdade. Eu mesmo sou prova disso. Quando criança eu era uma pessoa super agitada, nervosa, um moleque bem hiperativo. Na adolescencia e início da juventude, me tornei uma pessoa realmente calma. E assim fiquei por anos. Hoje em dia não sou mais tão calmo e nem tão agitado como era quando criança. Estou em um meio termo, tendendo mais para o agitado. Mas quero mudar isso, e estou aos poucos retornando ao estado de calmo, me tornando uma pessoa calma de verdade.

E para isso valem sim aqueles atos todos que citei acima, desde que não sejam buscados como 'remédios', mas sim como consequência de um novo padrão de vida e pensamento. Eles deverão ser causa e efeito de uma mudança maior. Você deverá estar disposto a mudar. Deverá querer realmente ser uma pessoa calma. E então começar a agir como tal.

Esta mudança pode ser demorada ou não, depende de você. Eu me tornei uma pessoa calma em menos de 1 ano apenas, depois de mais de 10 anos agitado. E voltei a ser mais agitado em uma mudança que durou uns 5 ou 6 anos.

E tendo vivido nos dois estados de ser, eu posso assegurar que ser calmo é uma maravilha. Tudo é mais fácil, mais simples. Amar a si mesmo é mais óbvio. Amar ao próximo também. A lei da atração é melhor aproveitada, melhor compreendida. Você consegue ser aquilo que deseja ser e com isso seus conflitos internos de "eu penso isso, mas faço aquilo" diminuem bastante. As noites de sono são maravilhosas, você se torna mais resistente à doenças e variações do humor. Rende mais em seu trabalho e nos estudos. Se torna mais carismático e confiante.

Enfim, é o passo mais importante que você pode dar na sua caminhada evolutiva.

E se engana quem considera que ser calmo é ser lerdo, lento, desatento, etc. Ser calmo não é nada disso. É apenas você ter maior controle sobre si mesmo, ter a capacidade de ser líder de si mesmo, sentir maior alegria e estar com a sua mente mais tranquila e pronta para qualquer situação da vida, seja ela boa ou ruim.

Até mesmo para agir de modo intenso e brusco, quando necessário, uma pessoa calma tem mais capacidade, pois sua calma lhe permite avaliar rapidamente e com maior precisão quando uma situação lhe pede uma ação imediata e firme e quando a situação pode ser resolvida de uma forma mais serena e tranqüila.

Sua paciência e tolerância também aumentam. Você consegue ter maior sucesso em suas conquistas de curto, medio e principalmente de longo prazo. Agride menos as pessoas e age menos de forma impensada sem com isso diminuir seus atos instintivos e intuitivos, quando estes forem necessários em dado momento.

Ah, e você não se torna uma pessoa 'certinha e perfeitinha' com tudo padronizado, calculado, etc, como alguns podem precipitadamente interpretar, pois isso em nada tem a ver com a calma. Mas até para se tornar alguém assim, ou para deixar de ser alguém assim, se você for uma pessoa calma, então terás maior êxito na realização de sua escolha.

Olha, vale a pena ser calmo. Tente. Realmente tente e você conseguirá. Basta querer de verdade e começar a construir dentro de você a sua imagem sendo uma pessoa calma. E em cada situação, imagine como você agiria se fosse uma pessoa calma e segura, e comece a agir desta forma. Aos poucos isso se tornará um hábito e um novo padrão de pensamento e comportamento começará a se formar. Você então perceberá que em algumas situações, naturalmente já estará agindo de modo calmo, seguro, sereno e mais feliz. Estará finalmente se tornando uma pessoa calma.

Paz, Amor e Calma para todos! ;)

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08 setembro, 2008

Em poucas palavras...

Se você não consegue se cuidar,
tampouco conseguirá cuidar dos outros.

Se não consegue se respeitar,
tampouco respeitará o próximo.

Se não é líder de si mesmo,
tampouco conseguirá liderar os outros.

Se não consegue se amar,
tampouco amará o próximo.

Se não vê Deus dentro de si mesmo,
tampouco verá o Divino no outro.

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26 agosto, 2008

Das reclamações sobre a vida

É cada vez mais comum encontrarmos pessoas reclamando. Sobre tudo, sobre os outros, sobre elas, sobre um filme que viu, sobre uma comida que comeu, sobre os pais, sobre os filhos, sobre o namorado, a namorada, sobre o emprego, enfim, sobre a vida. Eu mesmo há até bem pouco tempo atrás estava neste ciclo de reclamações. Sim, porque este comportamento se torna um ciclo, uma vez que quanto mais reclamamos, mais atraímos problemas que iremos reclamar em seguida e assim atrairemos ainda mais problemas para reclamarmos, e assim vai.

Pela lei da atração, estamos sempre atraindo situações e pessoas que estejam na mesma vibração que a nossa. E a reclamação cria um campo vibracional em torno de nós e dentro de nós. Uma coisa é a indignação, importante em muitos momentos onde precisamos lutar por algo e mudar uma situação que esteja errada ou injusta. Da mesma forma, podemos emitir uma opinião, um julgamento a respeito de algo. Até aí tudo bem. É até sadio nos posicionarmos as vezes. O problema é quando nos agarramos a esta reclamação e a ampliamos, passando a nos identificar com ela, a vibrar com ela.


Agindo desta forma, estaremos tirando nossa própria força de vontade. É sabido que na lei da atração, não adianta apenas 'desejar' algo, mas é preciso vibrar na mesma freqüência deste algo para atraí-lo. Assim sendo, não adianta desejar ser calmo, mas o tempo todo se manter nervoso e abalado por motivos externos. É preciso se observar e mudar sua postura. Não se apaga o fogo colocando ainda mais fogo. Podemos até passar por um processo de 'combustão' de um sentimento negativo que esteja muito forte dentro de nós. Porém, é necessário discernimento para saber se o processo ainda é o da combustão, para 'queimar' logo aquilo e se ver livre, ou se já não se tornou um padrão de pensamento e comportamento.

Esse é o grande problema. O ato de reclamar se tornar um padrão de pensamento e comportamento da pessoa. Quando eu estava 'preso' neste ciclo vicioso de reclamações e atrações negativas, eu mal percebia tais padrões em mim. Somente com a mente calma eu conseguia ver. Porém, como era difícil mudar. Bastava acontecer algo ruim em minha vida, para servir de gatilho ao meu padrão de comportamento de reclamar, que eu havia formado em mim. E lá estava eu reclamando novamente, e as vezes com ainda mais intensidade e raiva, dizendo a mim mesmo: "que lei da atração que nada! Estou de saco cheio disso! Eu estou é todo ferrado mesmo!".

Pois é, ficamos na defensiva. Uma defensiva prejudicial, pois nos fechamos em nós mesmos mantendo dentro de nós uma vibração altamente negativa e prejudicial, inclusive para o nosso corpo físico. Eu tive problemas de alergias na pele nesta época em que reclamava demais de tudo e de todos, inclusive de mim mesmo. Foi um desgaste enorme tanto mental quanto físico e emocional.

E o que podemos e devemos fazer?

Romper este ciclo. Aceitar ajuda de fora, quando esta surgir. Valorizar as boas coisas, as boas pessoas e as nossas qualidades pessoais, vibrando nesta nova freqüência. Ter vontade de mudar realmente. Esta mudança é difícil, pois para ela ocorrer, teremos que sair da zona de conforto que o hábito da reclamação nos permite ter. Sim, porque é sempre mais fácil reclamar do que olhar para nós mesmos e tentar mudar algo na gente, ou então, tentar fazer algo segundo aquilo que acreditamos.

Não adianta reclamar do vizinho que joga lixo no chão, e você não valorizar quem joga o lixo no lixo. Esta é a questão.

Quando você está diante de situações contrárias em sua vida, você poderá tomar dois caminhos: reclamar delas, vibrando na mesma freqüência e assim atraindo ainda mais delas. Ou então valorizar o sentido oposto, aquele que você acredita ser o melhor, vibrando naquela freqüência positiva e assim atraindo aquilo para sua vida.

É muito comum encontrarmos homens e mulheres que reclamam muito por não encontrarem um(a) parceiro(a) em suas vidas. Tem mulher que vive reclamando dos homens infiéis, que não possuem boa cabeça, que são grossos, que não respeitam, não sabem conversar, não possuem sensibilidade, etc. Dizem que encontrar um homem sensível, que as respeite, que ame, que seja fiel, etc, está praticamente impossível. Mas no entanto, 90% delas já conheceram homens assim e muitas delas ainda convivem com homens com este perfil. Mas não os valorizam. Não querem nada, não se permitem interessar por eles. Ao invés de exaltarem as suas qualidades, preferem continuar reclamando dos outros, e pior, se interessando apenas por estes que elas reclamam.

É a zona do conforto que eu citei. É mais fácil continuar reclamando dos errados do que se comprometer com os corretos e assim, não ter mais a chance de manter o padrão comportamental de reclamar.

Do lado dos homens isso também ocorre. Reclamam de não encontrar uma mulher correta, sensual, porém não-vulgar, que tenha uma cabeça boa e não fique presa apenas na vaidade, etc. Daí quando encontram uma mulher destas, o que fazem? Se aproximam dela para reclamar das mulheres erradas!

Ou seja, ao invés de valorizar aquilo que querem, insistem em vibrar na freqüência daquilo que não querem! Isso de lado a lado. Homens e mulheres.

E no que isso vai resultar? Em mais daquilo que não se quer, gerando mais reclamação.

É preciso romper com isso!

Outro exemplo muito comum é sobre dinheiro. Pessoas que vivem reclamando da falta de dinheiro tendem a sempre terem pouco dinheiro. Eu já passei muito por isso, já alimentei muito este ciclo, até perceber meu erro.

Se você passa dificuldades financeiras, não vai adiantar reclamar disso o tempo todo, pois assim estará vibrando nesta freqüência da escassez e atraindo mais escassez material em sua vida. Você pode se lamentar, mas só como reflexo inicial de uma situação difícil e adversa. Depois, logo em seguida, é hora de mudar o foco do pensamento, mudar o padrão do pensamento, para que se mude o padrão do comportamento, procurando vibrar na abundância financeira.

Quando a pessoa reclama demais da falta de dinheiro, acontece que, até quando ela recebe um bom dinheiro, em pouco tempo já está novamente sem nada, devido a sua vibração na escassez.

Além disso, a reclamação constante torna a pessoa 'cega' diante daquilo que diz procurar e querer. No exemplo acima das pessoas que querem um amor, um namorado, namorada, que seja bacana, etc, como foi dito, muitas vezes estas pessoas convivem ou até já são amigas daquelas que elas procuram. Só que não percebem isso, pois estão 'cegas' reclamando apenas. Da mesma forma, muitas soluções simples e objetivas para resolver o problema financeiro não são percebidas pelo mesmo motivo. A pessoa vibra apenas na freqüência da reclamação e nem consegue enxergar as possibilidades para obter aquilo que tanto pede, ficando sempre cega e presa no que não quer.

E se já não bastasse este problema de atrair mais daquilo que não quer, as pessoas que vivem reclamando correm o risco de se tornarem 'chatas'. Tempos atrás eu conheci uma pessoa que reclamava de tudo e de todos. Em dado momento ela mesma disse que se sentia insuportável, e começou a reclamar de si mesmo. Disse que seus amigos quase não lhe davam mais atenção. Claro, ninguém consegue agüentar por muito tempo ao lado alguém que só reclama e que ignora as possibilidades de mudança quando estas aparecem.

Reclamar faz parte, mas ficar apenas na reclamação por longo tempo é desanimador tanto para a pessoa quanto para quem está ao seu redor. Este é mais um motivo para romper com este ciclo.

E a principal forma de se fazer isso é valorizar o oposto do seu objeto de reclamação.

Está reclamando que as pessoas estão muito estressadas nas ruas? Então seja você uma pessoa calma e irradie sua paz interior para as outras. Valorize em você aquilo que você gostaria que os outros tivessem também, ou aquilo que você acredita ser bom.

As pessoas não respeitam mais umas as outras? Então respeite-as você. E valorize as pessoas que você conhece que também costumam te respeitar e respeitar os outros.

Valorize, valorize as coisas boas! E o que é valorizar? É estar em contato, é interagir com estas coisas boas ou com as boas pessoas. Não adianta apenas dizer que valoriza alguém ou alguma coisa e se manter afastado dela, ou sem interagir, sem semear coisas boas com ela. É preciso manter um contato, conviver, interagir. Assim você irá vibrar nestas freqüências positivas e irá romper o ciclo da reclamação, atraindo coisas boas em sua vida. E este também será um novo ciclo, mas um ciclo bom, positivo para sua vida, onde você irradiará coisas boas, valorizará as boas pessoas e assim vibrará nesta intensidade positiva atraindo mais disto em sua vida e para você.

Para encerrar, volto a dizer, a reclamação, a indignação, é muitas vezes sadia, é algo que motiva a mudança. Porém a mudança só ocorrerá se você vibrar naquela freqüência boa e não na freqüência da reclamação. Ou seja, sua indignação pode ser o ponto de partida, é esta sua função. E pronto, a partir daí você muda o foco e vibra naquilo que você almeja.

Há momentos em que estamos mal, e precisamos desabafar, reclamar mesmo. Isso é sadio, é também uma parte boa da reclamação. Tem vezes que isso dura dias. É normal. Até aí tudo bem. Nestes momentos, procure apenas ficar atento para duas coisas: uma é se este tempo de desabafos e reclamações não está se estendendo demais, ou seja, se você não está tornando isso um padrão em você. A outra coisa que se precisa prestar atenção é observar se você deixou de valorizar as boas pessoas e as boas coisas, principalmente em você mesmo. Tendemos a deixar de lado isso tudo quando estamos reclamando, o que é um grande erro, pois esta atitude aumenta as chances de cairmos num padrão negativo sem percebermos.

Então, quando for reclamar, procure não permitir que sua indignação cegue seus olhos para as coisas boas, as pessoas boas e as suas próprias virtudes, que são a sua saída e são aquilo que você realmente busca e quer para você em sua vida.

Não se apaga o fogo com mais fogo, assim como não se ilumina a escuridão com mais escuridão. É preciso que você seja a luz, busque a luz, valorize a luz em si e nos outros para iluminar a escuridão. Reclame da escuridão sim, mas faça algo para acender uma luz, ou ser a sua luz, e iluminar sua vida! ;)

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25 agosto, 2008

Os Três Passos

O ser humano tem por diversas vezes em sua caminhada existencial na terra, momentos onde se depara com uma certa sensação de ‘estagnação’ da sua vida. As coisas parecem que não estão dando mais certo, ainda que ele se esforce para melhorar. Os sonhos sumiram, ficando no passado. A rotina social toma quase todo seu tempo, incluindo nesta rotina, seu trabalho. Obrigações, cobranças, inseguranças, conflitos... a vida parece ter entrado num caos. Ou, em alguns casos, numa monotonia sem fim e pior, sem sentindo.

Em tais momentos, somos convidados a darmos três importantes passos:


1- Descobrirmos quem somos.

2- Nos tornarmos quem somos.

3- Evoluirmos a partir de quem somos.

E então a vida começará a fluir novamente.

Primeiro devemos descobrir quem somos de verdade. Não me refiro ao ser humano de forma em geral, mas sim cada pessoa. Quem é você? Qual sua essência? Seus sonhos? O que veio fazer aqui na terra? Suas missões? Aspirações? Defeitos? Virtudes?

Enfim, se conhecer. Mesmo que não seja por completo, é preciso neste primeiro passo, você descobrir no geral quem é você.

Ao descobrir quem és, o que pensas e o que desejas a respeito de si e da sua vida, então você agora se torna quem você é realmente. Este é o segundo passo. Um passo difícil de dar, de realizar.

Estamos acostumados a agir e nos expressar muito condicionados por crenças inconscientes e pouco em conjunto e harmonia com o que realmente pensamos e sentimos.

Muitas pessoas fazem julgamentos de valores a determinados atos, mas não percebem que se comportam de modo semelhante. Se elas criticam é porque consideram tal ato errado, pensam ser errado. No entanto, quando agem de modo semelhante, estão indo contra aquilo que pensam e acreditam, ou seja, estão sendo alguém diferente do que são em seu interior.

Outras simplesmente não conseguem expressar determinado sentimento por outra pessoa, e acabam agindo de modo inverso. Amam alguém, mas são ríspidos com este alguém. Ou seja, novamente são de uma forma, sentem algo, mas agem de modo diferente.

Isso gera um conflito externo e interno na vida das pessoas. Por isso é importante sermos quem somos, de fato. Ou seja, nos comportarmos e agirmos conforme o que acreditamos, o que achamos, o que sentimentos e pensamos.

O terceiro passo é da natureza de todo ser humano, sendo este um ser espiritual. É a busca da evolução pessoal enquanto espírito divino. Uma vez que nos conhecemos e passamos a ser quem somos de verdade, então estamos com um campo claro do que podemos e devemos melhorar em nós mesmos.

Viver as experiências sendo nós mesmos e tendo a consciência do nosso eu, nós permite uma evolução mais significativa, tanto acertando quanto errando em determinados momentos da vida. Aprendemos mais facilmente e mais claramente. E assim evoluímos enquanto ser humano.

Estes três passos são fundamentais e devem ser dados em harmonia e simplicidade, com humildade e muita honestidade, principalmente para conosco. Não adiantará nada nos iludirmos em algum dos passos, evitando enfrentar algum defeito pessoal, pois tal ilusão será nossa própria, impedindo nosso bem estar e busca de um caminho que melhore e faça fluir novamente a nossa vida.

Pense e reflita a respeito e veja se no momento você não está precisando dar estes três passos em sua vida. Se estiver, faça agora, comece agora, não deixe para depois. Permita e faça sua vida fluir novamente. ;)


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16 junho, 2008

Diálogos sobre a voz interior

"- Então para onde devo ir mestre?

- Se preocupas demais no que deves fazer. Não tens que fazer nada, não há obrigação alguma. Viver não é uma obrigação, é uma graça divina.

- Mas quero fazer o que é certo, seguir o caminho correto. Por favor, me diga, o que devo fazer?

- Escute mais o que brota de seu interior. Já lhe disse, não há caminho correto a seguir fora de você. O que vem de fora pertence ao outro. É o caminho do outro. Não o seu. O seu caminho é aquele que seus passos determinam. Está dentro de você. Tenha mais Fé. Compartilhe com seu exterior, troque, retribua, mas lembre-se sempre de escutar o que diz seu coração. Ele é seu maior mestre, pois nele reside sua semelhança divina, sua inspiração de luz, e é através dele que sua alma fala."

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18 maio, 2008

As relações humanas

Relação humana é um mal necessário. Será? De fato, necessário é sim, mas não creio que seja um mal. Vamos por partes, primeiro analisar a sua necessidade, e depois se é um mal, um bem, ou o que for.

Muitas pessoas dizem que querem e precisam ficar sozinhas. Até aí tudo bem. Mas há quem reclame por isso, dizendo que são 'lobos solitários', que querem muito viver sozinhos, afastados dos demais. Com certeza só diz isso quem nunca viveu realmente sozinho. A solidão enfraquece a alma humana. Nos enlouquece sem que percebamos, tirando o sentido das coisas, a começar pelas pequenas coisas da vida. Um belo dia você acorda e percebe que não faz mais sentido tomar o café da manhã. Então dias depois percebe que não há mais sentido em almoçar. E depois em arrumar as coisas. E assim por diante. Tudo vai perdendo o sentido, porque exatamente você perde o sentido para você mesmo. Sim, a solidão, o 'estar sozinho', leva a isso.

E não me refiro a ficar sozinho de relacionamento amoroso, pois isso é possível sim para muitas pessoas. Mas me refiro a ficar sozinho de todas as pessoas que lhe são importantes e queridas. Experimente ir morar em um local onde você não tem amigos, familiares, onde você não pode contar com ninguém, sem contato com as pessoas queridas. Fique neste local por mais de 6 meses e depois disso você nunca mais dirá algo parecido com: "preciso ficar sozinho".

Precisamos de momentos a sós sim, até para refletirmos sobre nós mesmos, sem comparações ou influências de outros. Mas que tais momentos durem apenas o tempo necessário até o surgir das saudades daqueles que você ama.

Como costumo dizer, a iluminação, a salvação, é individual. Depende apenas da própria pessoa evoluir. Mas a caminhada, esta é coletiva. É no trocar e compartilhar com o outro que caminhamos. E compartilhar não é apenas no âmbito do conhecimento, mas também, e eu diria que principalmente, é no âmbito dos sentimentos.

Sim, as relações humanas são uma necessidade ao ser humano.

Mas seriam elas más? Ou algo bom?

Penso, e prefiro acreditar, que são boas. Mas há também muitas relações que são ruins, tantas, que chegam a nos fazer duvidar se a essência é boa ou ruim. Por princípio, toda relação humana é uma experiência para autoconhecimento, aprendizagem e evolução. E mais que isso, é sempre um exercício de amor e fraternidade. Porém, não devemos ignorar os demais lados que temos, como os da expectativa, da confiança, do egoísmo, entre outros.

Quando nos relacionamos com alguém, sempre criamos expectativas. Isso é natural. Mesmo porque você olha o mundo através dos seus 'olhos', da sua percepção de mundo, e por isso mesmo acaba esperando das pessoas posturas que você teria em determinadas situações. Ocorre que elas não são você. Este é um dos motivos das decepções. Talvez seja até o principal motivo, mas existem outros também. Estes relacionados a valorização.

A valorização de uma amizade, de um namoro, e de qualquer outro tipo de relacionamento, passa pelas palavras e principalmente pelos atos. Não adianta apenas agir, as vezes precisamos escutar também. Assim como não adianta apenas falar, é preciso sentir, ver, perceber nos atos aquilo que é dito.

Infelizmente muitas pessoas só passam a dar valor quando perdem. E outras nem isso. Em ambos os casos, a pessoa que se afastou, o fez por estar cansada de esperar, de sofrer, de se decepcionar. Até o momento em que desistiu do relacionamento. Em alguns momento, pode ser pelo fato da pessoa estar muito carente, exigindo assim uma valorização exagerada por parte do outro. Em outros momentos, pode ser que realmente a outra pessoa não esteja dando o valor merecido.

Em todos estes casos, a questão do ego também está envolvida. O orgulho muitas vezes pode destruir um relacionamento, mesmo aqueles com grande afinidade. Um simples mal entendido, que sempre ocorrerá, pois também pertence às relações humanas, uma vez que somos todos diferentes uns dos outros, este simples mal entendido poderá se transformar em grande problema se ele for alimentado pelo orgulho de ambos os lados. E as vezes, basta um dos lados deixar o orgulho tomar conta que já transforma o simples mal entendido em grande tempestade. Cuidado com isso. Avalie bem.

E esta é a parte mais difícil... avaliar a relação... saber se o outro lado está valorizando tanto quanto você, e avaliar se você mesmo está valorizando tanto quanto a outra pessoa está. Sim, devemos observar a nós mesmos também, pois muitas vezes estamos perdendo alguém que gostamos justamente por deixarmos esta pessoa de lado, esquecida, achando que está tudo bem, olhando apenas para nós mesmos e tentando obter a atenção daqueles que não olham para nós como gostaríamos. Ou seja, você não consegue o respeito e a valorização de alguém que te decepcionou, e ainda por cima perde de quem você tinha, por cometer o mesmo erro que você criticou naquela outra pessoa: a falta de valorização da relação. Preste atenção. Observe seus atos.

Como se pode ver, há complexidade nas relações humanas. E ao mesmo tempo uma simplicidade enorme quando existe a sintonia. Mas mesmo uma sintonia, deve ser valorizada. Toda relação, para ser mantida, deve ser cultivada e alimentada, valorizada com palavras e atos. Com dedicação, com apreço, amor verdadeiro, e não apenas com alguns pingos de dias em dias, como se fosse um animal que você apenas dá ração todos os dias, mas nunca dá um abraço, nunca brinca com ele, nunca realmente valoriza e se relaciona com ele.

Valorize... os outros e a si mesmo. Se alguém não dá mais valor a você e a relação de vocês, dê o aviso, procure conversar com a pessoa, uma, duas, três, várias vezes. E se realmente perceber que a outra pessoa mesmo assim não mudou, então talvez seja hora de você se valorizar e desistir da relação. É triste, mas é melhor do que ficar o tempo todo alternando momentos de felicidade, quando a outra pessoa finalmente se lembra de você por uns minutos, e momentos de decepção e tristeza, quando você percebe que ela no fundo, não valoriza mais a relação de vocês. E lembre-se, isso em todos os tipos de relação.

Valorize sempre... pois toda relação com afinidade vale a pena ser valorizada. E naquelas sem afinidade, valorize com seu respeito. Se for para ela não se manter, que seja com respeito pela outra pessoa e não pelo desprezo ou falta de consideração. Isso lhe fará um bem enorme, por você, e pelos outros.

Pois bem, para encerrar o texto, respondo a pergunta inicial. As relações humanas são um mal necessário? Eu afirmo que não. Elas não são um mal, mas são necessárias sim. E me arrisco a dizer que são boas. Não vou dizer que é boa porque aprendemos sempre, pois isso é parte de toda experiência. E já que aprendemos sempre mesmo, acredito ser bem melhor aprender na alegria do que no sofrimento. Se o fato de aprender tornasse algo bom, então tudo seria bom. E, no entanto, nossos sentimentos e vivência mostram que nem tudo é bom, embora aprendamos com tudo, tanto nas experiências boas quanto nas ruins. Por isso que me arrisco a dizer que as relações humanas são boas, pois nelas há muito sofrimento, mas há alegrias muito grandes, e que são bem mais fortes e válidas que os sofrimentos.

Por isso eu digo: as relações humanas são um bem necessário! :)

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13 outubro, 2007

Hoje é um dia triste

Hoje é um dia triste
'Foi' o dia em que pássaros já não puderam mais voar
Dia em que o sol deixou de brilhar
Dia em que uma vala se formou em mim

A alma abriga agora um grande vazio
Aquela luz interior, se apagou
As crianças que sorriam, se calaram
Os sonhos... ressecaram

Hoje é o dia em que o vento parou
O dia em que ninguém nasceu
O dia que trago em meu coração
Uma tristeza sem fim, sem qualquer perdão

A cada lágrima minha que escorre
Eu posso te ver nela
Eu posso te sentir nela
Eu posso te tocar com a lembrança

A calada da noite que esconde
Sentimentos profusos extremos
Vácuo que ocupa seu espaço
Gritos, silenciosos, de socorro

O dia em que a onda gigante
Finalmente atingiu a praia
E os medos cercaram
Aquele que outrora vencera

Hoje é um dia triste
É o dia em que esqueci como sonhar
É o dia em que esqueci como amar
Hoje... a tristeza venceu, e eu perdi

..........................

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30 agosto, 2007

Escute sua Alma

Faça o que a sua Alma pede e assim você se sentirá mais completo, mais feliz e realizado!

Esta é uma grande verdade. Muitas vezes fazemos aquilo que a sociedade nos pede, o que nossos pais esperam de nós, o que os amigos depositam em nós e principalmente, aquilo que nossa mente criou de auto-imagem, baseada apenas em falsas necessidades e estereotipos de sucesso da sociedade.

Ser um grande empresário, ser 'o melhor de todos' naquilo que se propõe, ser o primeiro, ter um carro 0 km, uma grande casa, esbanjar sucesso e ser capa de revistas importantes. Marcar seu nome na história...

Acontece que até mesmo uma lesma deixa seu rastro na história....

Seja o que sua Alma lhe pede. Fique bem com você mesmo. Você não tem que ser o melhor de todos para ser feliz. Basta ser bom, se sentir bem com o que faz. Não precisa fazer de tudo para ter uma casa, um carro, pois eles virão como conseqüência de um estar bem, e se você realmente sentir necessidades deles. Muitas vezes nossas aparentes necessidades nada mais são que impulsos de 'imagens de sucesso' criados pela sociedade e que acabamos absorvendo como sendo nossas próprias necessidades pessoais!

Tampe seus ouvidos um pouco e escute sua Alma.
Feche seus olhos por um momento e olhe para dentro de si.
Se reconheça. Desperte!

Do que você precisa? Quem você é? Quem você quer ser? O que você quer?

Você, enquanto Alma iluminada na terra e não o 'você externo', que vive em função da sociedade e seus conceitos de sucesso pueris e nada relacionados a essência humana.

Seja você. Sinta aquela liberdade interior, te impulsionando para algo que realmente lhe traga felidade, que te faça se sentir completo e realizado.

Não apenas realizado em um breve momento, mas a cada momento, numa evolução harmoniosa do seu Ser.

Escute sua Alma e faça o que ela lhe pede. :)

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22 julho, 2007

Livros: fonte de conhecimento e sabedoria

Minha querida amiga Sabrina me passou um desafio onde devo escolher 5 (cinco) livros que de alguma forma influenciaram de forma determinante minha vida.

Eis uma tarefa difícil... primeiro porque acredito que todo livro influencia de alguma forma quando lido de coração aberto e sincero. E segundo porque mesmo aqueles especiais, pelo menos em minha vida, são muito mais do que apenas cinco. Mas vamos lá!!! rs

- A Bíblia (Novo Testamento)
- O Poder Infinito da sua Mente
- A Conspiração Aquariana
- O Ponto de Mutação
- I Ching

Ahhhhhhh, vão ter que me permitir adicionar mais dois...rsrsrs

- Livro pequeno sobre educação alternativa. Só que eu não me lembro seu nome e nem seu autor. O perdi numa das minhas mudanças.
- Yoga para Nervosos.

Bom, são tantos que realmente fica bem difícil. Vou falar um pouco sobre como cada um desses 7 livros me influenciaram.


A Bíblia sempre foi minha base e sempre será. Gosto muito do Novo Testamento. Sua energia, seus ensinamentos, para mim é um livro perfeito.
O Poder Infinito da sua Mente, do Pe. Lauro Trevisan, mudou completamente minha vida aos 15 anos. Na verdade não foi o livro, mas sim uma palestra dele que assisti. Depois disso, comprei seu livro e ele plantou sementes eternas em mim de paz, alegria e amor pela vida. Quem me conhece, sabe o quanto eu mudei após esse livro.
A Conspiração Aquariana é outro livro fantástico, que me deu, junto com o livro Ponto de Mutação, uma nova visão da realidade. Foi como se um véu tivesse sido retirado dos meus olhos para que eu pudesse ver e perceber muita coisa misteriosa da nossa realidade. Os dois livros são fantásticos.
O I Ching sempre me auxilia em momentos onde meu emocional toma conta do seu Ser, em meio a tempestades e caos. Tem sempre a palavra certa para o momento certo.
Este livro sobre educação do qual não me lembro o nome e nem o autor é maravilhoso! Mostra um outro entendimento sobre a educação alternativa. Me ajudou muito a entender como a educação pode ser diferente e muito melhor!
Yoga para nervosos, do Prof. Hermogenes, é muito mais que um livro para nervosos, mas sim um livro para todas as pessoas. Possui sábios ensinamentos além de diversos exercícios simples que realmente acalmam a mente e equilibram o nosso Ser.

Bom, esses são os meus livros escolhidos. :)

Obrigado a Sabrina mais uma vez por me dar a oportunidade de pensar sobre coisas tão boas em minha vida. ;)

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23 junho, 2007

Interagindo com a Realidade – I

O sentido de algo está dentro da própria essência deste algo. A razão de ser o joga adiante no espaço-tempo. Suas motivações e suas intenções movem-no através do tempo.

Este movimento gera um fluxo, uma carga de energia, que mostra quem e o que é esta coisa. Suas intenções a jogam para frente com seus atos, seus pensamentos, seus sentimentos.

Tais intenções podem ser dirigidas a alguma coisa, ou alguém. Mesmo que a si próprio, se tornando neste caso, sujeito e objeto da intenção. E qualquer intenção tem por detrás uma motivação. Mas o que gera a motivação? Um objetivo maior, mais amplo, mesmo que apenas em relação à própria motivação. Posso ter um objetivo de saciar minha sede e por isso tenho uma motivação de beber água, gerando minha intenção de ir à cozinha e pegar um copo d’água e por fim, concretizar em ação, indo de fato na cozinha e bebendo água, enquanto me sinto melhor por ter atingido meu objetivo inicial.

Mas o que gera o objetivo inicial? Necessidades.

E as necessidades podem ser da ordem fisiológica, como no caso da água, mas podem ser também da ordem emocional e espiritual.

Nestes casos, principalmente a espiritual, a necessidade vem de algo superior ao nosso raciocínio, vem de algo na própria essência. Temos pouco contato com nossa essência, embora ela esteja em nós o tempo todo.

Porém, mesmo não tendo um contato consciente com nossa essência, a força dela se faz presente na nossa razão de ser, gerando um impulso em busca de ‘voltarmos’ a nossa origem, mais divina e em contato com o Todo.

Disso resulta a busca pela evolução, pelo reencontro com nossa essência, justamente através da necessidade de significar nossa essência para nós mesmos, gerando motivações que geram intenções e que deveriam gerar ações correspondentes. Digo deveriam, pois neste ponto nós corremos para o lado oposto. Camuflamos nossa intenção de ser no mundo e de ser existencialmente, com intenções e necessidades criadas ilusoriamente e com questões que, podem ser importantes enquanto vivemos aqui na Terra, mas que não podem ocupar uma posição de maior destaque do que nossa essência.

Não vejo nenhum mal em se ter um carro, uma casa, um luxo maior e etc. Que bom seria se todos tivessem! O problema se inicia quando estas buscas e conquistas ofuscam as necessidades espirituais existentes na pessoa, deixando-a com o tempo, mais tristes e com uma sensação de vazio interior. Claro, tal sensação vem do fato dela não atender as motivações e intenções da sua essência, de se buscar uma evolução e um ‘retorno’ ao sagrado interior.

Para ser no mundo, ou ser na existência, algo deve ser duas vezes e assim se tornar uma. Ela deve ter o seu sentido interior, que se mantém internamente como centro do equilíbrio e guia mestra e o exterior, que se lança no mundo, em busca das demais coisas existentes, se relacionando, se misturando, sendo transformado e transformando tudo, ao mesmo tempo.

É o se projetar através das motivações, intenções e ações (que lembro, podem ser táteis ou por sentimentos, falas, olhares, etc) a que eu me referi no início. A pessoa se projeta através do espaço-tempo sendo o que tem intenção de ser, ainda que seu interior pretenda seguir por outro caminho por causa de outras intenções interiores. Seria o caso então de harmonizar os caminhos.

Mas penso que para um texto despretensioso e inicial, já está bom. No próximo texto sobre as interações com a Realidade, tenho a intenção (risos) falar um pouco sobre harmonizar as necessidades essenciais interiores e os estímulos exteriores que acabam prevalecendo quando nos projetamos no mundo. Um abraço!

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20 junho, 2007

Jóia rara

Nesta vida somos todos filhos e filhas de Deus, da Força Suprema, do Uno, ou o nome que você quiser dar para esta Energia Cósmica que está em tudo e rege tudo.

Sim, somos todos iguais em potência e em nossa origem, nossas capacidades, nossa essência...

Mas há pessoas que estão num outro patamar. Estão num estágio mais elevado. São quase anjos. Estão numa esfera de vida que fica entre os humanos e os anjos. Erram como humanos, mas ao mesmo tempo acertam como anjos.

Sua Alma é pura... seu coração é lindo... e são pouco compreendidos em nossa sociedade. Suas crenças são motivo de deboche para muitos. Seus sonhos e ideais são tachados de utopias sem sentido por outros. Suas peculiaridades são pouco compreendidas. Mas essas pessoas são assim mesmo, são pessoas especiais, que encantam o mundo e todos ao seu redor.

Conseguem dar um sentido prático ao amor.

Conseguem dar um sentido prático a arte de viver com alegria.

Conseguem se bastar quando precisam, e se entregar, quando necessário.

Amam, sem pedir nada em troca.

Cultivam o amor com amor e não com desconfianças, amarguras e tristeza.

São Luzes para o mundo.

Uma jóia rara...

Alguém que dá orgulho de ter sua amizade e de poder aprender, não apenas com suas palavras, mas com seus atos de amor.

Um ensinamento muito mais poderoso que as palavras, é justamente o ensinamento atraves do amor.:)

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17 junho, 2007

E por falar em amor...

Meu blog foi selado (indicado) com o selo "Destaque cupido fonte do amor" (que reúne blogs que falam de amor ou “exalam” amor) por minha amiga Sabrina Bonzi.

Como agradecimento, quis escrever este post para falar exatamente do amor. Um post nunca vai descrever ou tratar por completo do amor, uma vez que se trata de um assunto cuja essência remete ao infinito. Então, cada post se torna uma semente a mais... seja de pensamentos, seja de desabafos, seja de sentimentos a respeito do amor. Obrigado Sa!



Já citei em textos anteriores a Bíblia para falar do amor. E acredito que na Bíblia esteja sim a melhor definição, porém, há outras formas de se falar do amor também. Principalmente da ‘arte’ de se abrir ao amor do outro ao mesmo tempo em que procura manter seu amor próprio. Eis uma atitude difícil na prática, embora simples na teoria.

O ideal, no mundo ideal, seria simplesmente nos amarmos a tal ponto que, de tanto amor próprio, exalássemos amor e este amor que sai de nós se misturasse com o amor que sai de outra pessoa que também se ama muito, e então formasse ambos um único amor entre eles. Cada um mantendo seu amor próprio e ao mesmo tempo amando ao outro.

Seria o ideal... mas na prática, é difícil você conseguir amar a si mesmo e ao outro de tal forma que você consiga se bastar ao mesmo tempo que se abre ao outro e mostra o quanto o outro é importante para você.

Amar ao outro em qualquer nível, é como deixar o outro ser alguém tão Real em sua vida quanto você mesmo. Explico melhor citando a origem deste pensamento:

"Estamos cercados de inúmeros seres vivos e conscientes, visíveis e invisíveis. Embora saibamos que eles existem realmente e que são tão vivos quanto nós, parece-nos que eles existem menos realmente e que são menos vivos do que nós. Para nós, na percepção intensa da realidade, nós é que vivemos, enquanto os outros seres, em comparação conosco, parecem-nos menos reais; a sua existência tem mais da natureza de uma sombra do que da realidade completa. O nosso pensamento nos diz que é uma ilusão, que os seres fora de nós são tão reais como nós e que vivem tão intensamente como nós; mas é inútil, porque, apesar disso, nós nos sentimos no centro da realidade e vemos os outros seres como que afastados desse centro. Qualifique-se essa ilusão de 'egocentrismo', de 'egoísmo' ou de ahamkara ('ilusão do eu') ou de 'efeito da queda primordial', nada disso tem importância, uma vez que nem por isso ela cessa de nos fazer sentir-nos como mais reais do que os outros.

Ora, sentir alguma coisa como plenamente real é amar. É o amor que nos desperta para a realidade de nós mesmos, para a realidade do outro, para a realidade do mundo -- e para a realidade de Deus. Nós nos amamos, sentindo-nos reais. E não amamos -- ou não amamos tanto quanto a nós -- os outros seres que nos parecem menos reais."


Este texto relata um tipo de amor que serve para qualquer esfera, seja entre amigos, entre amantes, entre familiares ou entre seres humanos. No nosso caso aqui, ele se aplica igualmente, pois amar sua parceira, ou seu parceiro, é deixar que esta pessoa se torne tão real em sua vida quanto você mesmo. E isso significa respeitar sua natureza, seus gostos, suas opiniões, seus sonhos... e movido pelo gostar dela(e), você procurar compartilhar disso tudo e apóia-la nas realizações dessas características e ideais. Da mesma forma, mostra-se a esta pessoa, e com o amor dela por ti, se tornar real na vida dela também.

Se abrir ao outro, deixar que o outro entre um pouco em ti e faça parte do seu ser, é de certa forma deixar também parte da sua felicidade na mão do outro. Mas se não fosse assim, não precisaria do outro, você seria feliz igualmente com um livro. Só que um livro não é como um(a) parceiro(a) de vida.

É preciso se abrir... e abrir sua vida ao outro. E vice-versa. Até para que haja uma profundidade entre ambos. É preciso ter confiança e coragem, ter simplicidade e fé de que o outro tem as melhores intenções para com você. Ele(a) pode até te magoar, mas com certeza não é essa sua intenção e em breve, as coisas estarão no rumo certo novamente.

Sem essa abertura, sem essa confiança, é difícil existir um amor verdadeiro entre duas pessoas.

Mas esse abrir-se não pode causar decepção futura? Sim, pode. Mas se não se abrir, você nunca saberá e nem conseguirá aproveitar tudo o que o amor tem a oferecer.

Como disse o poeta Gibran:

"Quando o amor vos chamar, segui-lo,
Embora seus caminhos sejam agrestes e escarpados;
E quando êle vos envolver com suas asas, cedei-lhe,
Embora a espada oculta na sua plumagem possa ferir-vos;
E quando êle vos falar, acreditai nêle,
Embora sua voz possa despedaçar vossos sonhos como o vento devasta o jardim.

Pois, da mesma forma por que o amor vos coroa, assim êle vos crucifica. E da mesma forma por que êle contribui para vosso crescimento, êle trabalha para vossa poda.
E da mesma forma por que ele sobe à vossa altura e acaricia vossos ramos mais tenros que se embalam ao sol,
Assim também ele desce até vossas raízes e as sacode no seu apego à terra.

Como feixes de trigo, ele vos aperta junto ao seu coração.
Êle vos debulha para expor a vossa nudez.
Êle vos peneira para libertar-vos das palhas.
Êle vos mói até a extrema brancura.
Êle vos amassa até que vos torneis maleáveis.

Então, êle vos leva ao fogo sagrado e vos transforma no pão místico do banquete divino.
Tôdas essas coisas, o amor operará em vós para que conheçais os segredos de vossos corações e, com êsse conhecimento, vos convertais no pão místico do baquete divino."


Você pode e deve crescer muito com o amor. Quando o amor lhe chamar, vá, sem medo, pois com certeza irá valer a pena.

Nesta vida, muitas coisas são importantes... e a maior delas, é o Amor. Pelo outro, e por si.



Bom, irei agora selar mais outros 10 Blogs que de alguma forma, 'exalam amor'. Como não conheço muitos Blogs, irei tomar a liberdade de pegar alguns que considerei muito bacanas da lista da minha querida amiga Sabrina. Ao todo, são eles:

- Jardim dos Girassóis
- Quem sabe isso quer dizer amor
- Floradas de amor
- Primavera da Alma
- A menina e a montanha
- Fina flor
- Girassol
- Vertentes de mim
- Do heart
- Heart's Place

São todos ótimos blogs!

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16 junho, 2007

Momentos caóticos de tristeza e alegria

Há momentos na vida em que parece estarmos bem no meio de um furacão, um caos.
Ficamos desorientados de tanto que vamos de um lado a outro. Somos jogados com força e por forças externas a nós.
Nosso ponto de referência foge de dentro e se coloca fora, em situações, em pessoas, em tudo o que possa de alguma forma despertar algum sentimento em nós.
Ora, se o ponto de equilíbrio está fora, então é lógico que fiquemos à mercê do que está fora também.
Isso nos torna muito vulneráveis...
Não que não sejamos vulneráveis de outras formas, pois mesmo tendo o centro em nós, ainda assim estaremos sempre vulneráveis na medida em que nos relacionemos com o mundo.
Mas por que existe essa idéia de que, quando estamos entregues ao outro, isso seja algo ruim?
Não sei responder...

Este momento caótico possui instantes maravilhosos também, pois estamos tão desarmados, tão entregues ao mundo, ao próximo, que podemos ver muitas verdades sem o véu social, sem as máscaras que costumamos usar inconscientemente, numa proteção absurda contra o mundo e o outro, justamente o outro, nosso irmão Divino.
Momentos assim trazem pureza, inocência e simplicidade esquecidas no caminho da vida em sociedade... mas trazem também esta vulnerabilidade e esta sensação de estar sempre de um lado a outro, dependendo do que digam ou façam em relação a nós.

Já não sei mais o que pensar e como agir, para ser bem sincero com minha consciência.
Estes momentos de caos, normalmente precedem momentos de glória e alegria.
Porém, quando chegam tais momentos felizes, pensamos termos conseguido a vitória... ou, ao menos, termos superado o momento de caos.
Mas percebemos que mesmo esses momentos de alegria também são partes do momento maior de caos... são justamente um dos lados para onde somos jogados pelo furacão.

O que fazer?
Colocar o centro em nós?
Como?
Por que?

Talvez... o erro, se é que isso é um erro... seja confiar demais.

Parece que na vida, tristeza e alegria caminham bem próximas... e nós, com elas.
E a distância entre uma e outra, nestes momentos caóticos, deixa de existir.
Tudo se torna momentos de alegria e segundos depois, tristeza.
E vice-versa.
Assim ficamos, à mercê do mundo, sofrendo e sorrindo com ele...

Que este mundo então seja melhor, para não me fazer sofrer tanto neste momento de transformação, até que o meu centro volte novamente para sua casa, sua origem, seu lugar, para o meu interior.

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07 junho, 2007

Quando...

Quando conseguires ver através do véu que cobre a sua percepção, então perceberás que és muito mais do que sempre pensou ser.

Quando não tiver mais medo, talvez possa perceber o quanto de alegria jogou fora.

Quando entender que as coisas mais simples podem ser também as mais belas, perceberás então o quanto já complicou sua vida.

Quando pegar uma pedra e compreender que para que ela seja uma pedra, são necessárias duas pedras, a que é, e a não-pedra, então poderás abrir as portas de muitos mistérios.

Quando quiseres sorrir, pare e pense: por que não?

Quando tudo cair, seu mundo ruir, não se desespere, pois você possui o dom de Deus de criar novos mundos a partir de dentro de ti.

Quando o que estiver ali, for o que estiver aqui, então terás poder suficiente para simplesmente se acalmar e não fazer nada.

Quando não precisar mais vencer, superar, evoluir, se iluminar, então começaras a viver tudo isso.

Quando as palavras já não fizerem sentido algum, é hora de calar-te e escutar mais a natureza.

Quando amar... então saberás que em teu íntimo, você é de fato, filho(a) de Deus.

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04 junho, 2007

O vir a ser das coisas

Certa tarde, um monge, sentado à beira de um rio com seu mestre, lhe perguntou:

- Mestre, qual o destino deste rio?

- O destino que lhe couber, aquele que permite a ele ser um rio. - respondeu o mestre.

- Mas quem define isso? O próprio rio? - insistiu o monge.

- Uma coisa só é quando consegue ser o que pretende ser. Este rio nada é, até ser um rio.

O monge ficou pensando, e novamente perguntou:

- Mas como saberei se este rio é mesmo um rio?

Neste exato momento, o mestre empurrou seu aprendiz no rio e perguntou:

- Você se molhou?

- Sim mestre, olhe para mim! Porque fizeste isto?? Estou todo molhado!!

- Então agora você sabe que isso é mesmo um rio...

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03 junho, 2007

Os Grandes Amigos

Grandes amigos são aqueles que te ajudam,
mesmo quando você não pede.
Te escutam,
mesmo quando você não fala.
Te apoiam,
mesmo quando você não mostra que está caindo.

Grandes amigos estão sempre com você ao perceberem que você não está com eles, por não estar bem.

Grandes amigos dão não apenas as mãos, mas os braços também.

Fazem de tudo para te ver sorrir.
E mesmo que você feche o rosto,
eles não largam do seu pé,
pois não pensam em si neste momento,
mas apenas em ti.

Grandes amigos são amigos aqui, ali,
em qualquer lugar,
em qualquer época,
mesmo que você fique sem se comunicar com eles por anos.
Quando precisar,
eles estarão lá,
te ajudando sempre.

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12 maio, 2007

Descaminhos que levam ao caminho

Quando uma porta se fecha, outra se abre. Este é o fluxo da vida. Esta é a dinâmica das coisas que estão ao nosso redor. Muitas vezes nos vemos diante da tristeza, da desilusão, da decepção e até mesmo do desespero. A esperança se esvai e tudo parece perder boa parte de seu sentido. Nestes momentos é que temos que ter forças! Temos que acreditar! Saber que depois de uma tempestade, sempre surge um lindo dia. Saber que depois do caos, vem a ordem e a calma. São os descaminhos que levam ao caminho.

Mas este acreditar deve vir junto da boa ação. Plantamos agora aquilo que desejamos para nós amanhã. E apesar de nem sempre termos condições de plantar somente alegria, paz e amor, tente ao menos manter-se neste estado. Continue a acreditar que tudo isso está aí, dentro e fora de você. Pois realmente está ao seu redor e no seu íntimo. Mantenha-se o máximo possível sereno, consciente de que tudo flui e que logo você estará melhor. Faça bons atos, faça o correto, mesmo que cegamente. Quando se mantém virtuoso e se faz o certo, logo se colhe boas coisas.

Mas, ainda que a colheita demore, aproveite o momento para aprender com a vida. Ao invés de apenas reclamar, tente perceber o que está acontecendo. Não se coloque como vítima e sim como um aprendiz dos mistérios da existência.

Então, de repente, algo vai acontecer. Algo vai mudar. Dentro e fora de ti. Alguma coisa vai surgir em sua vida, algo bom, algo que você não acreditava mais ser possível, ou então nem se lembrava mais.

Aguarde este dia chegar. Esteja preparado para ele. Pois quando acontecer, você terá que tomar cuidado para não deixar-se cair nos velhos hábitos de comportamento e pensamento.

Ficamos presos a determinadas situações caóticas que, quando algo novo surge, nos interessamos naquele momento, mas no segundo momento acabamos voltando ao estado anterior do ser, ao invés de fluir com a vida. Acabamos deixando que nossos vícios e hábitos comandem nossa vida. Por medo, por comodismo. Não deixe isso acontecer! Tome a frente da sua vida e tenha tudo o que sonhar.

E por falar em sonhos...

Quando nossa decepção envolve o rompimento de um sonho... A desilusão de um sonho... É muito forte o sofrimento. Somente um sonho pode substituir outro sonho. Somente um sonho tem poder e força para substituir outro sonho. Quando você se sentir desiludido por um sonho acabado, plante outros dentro de ti, ou então, relembre de outros. Todos nós temos vários sonhos!!! E às vezes, um mesmo sonho pode se repetir, em uma plenitude ainda maior, ainda mais forte. Acredite.

Não sei do que é feito a substância dos sonhos... só sei que com fé, esperança e persistência você pode transmutar esta substância para a realidade. Tornar seu sonho real!

Coisas boas acontecem todos os dias... esteja preparado para elas.

Novos trabalhos...

Novos planos que brotam em sua mente...

Novas pessoas que surgem da forma mais inesperada...

Novos caminhos...

Esteja preparado. A vida flui... :)

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07 maio, 2007

Te direi, pela mãe natureza

De ti nada posso falar.
Não por próprio desejo,
Mas porque tu me impedes.
Se fecha, num quase desprezo.

Te falarei então pela natureza.
Que tu ouves,
Que tu sentes,
Para quem você se entrega.

Ao fogo, peço que te mostre minha paixão.
À água, peço que te mostre minha pureza.
A terra, que te dê meu coração.
Ao ar, que te ensine a me amar.

Aos rios, peço que te levem sorrisos.
Aos pássaros, que te ensinem a voar.
Às árvores, que te dêem abrigos.
Aos animais, que te sejam amigos.

Ao mar, que te encante todos os dias.
Ao vento, peço que te leve a verdade.
A lua, que te faça sonhar.
Ao sol, que te ilumine sem parar.

E agradeço...
“Obrigado mãe natureza!
Por dizer a ela...
O quanto eu,
Daqui,
Em todos os sentidos,
A acho Bela.”

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06 maio, 2007

Quando o mundo se torna você

Queremos um mundo de paz e justiça, amor e harmonia. Buscamos a paz.

Mas ao invés de desejar, seja a paz. Ao invés de desejar o amor, seja o amor. A melhor forma de se conseguir algo no mundo é se tornando este algo.

Estamos sempre trocando com o mundo, com a realidade. O que você tem trocado com a realidade? Exatamente aquilo que você é. Se você é amargura, raiva, estresse, então é isso que você está trocando com o mundo. Se você é alegria, amor, humildade, então é isso que você está trocando com o mundo. A escolha é sua.

Não adianta apenas pensar em ser amor, pensar em ser feliz. A teoria ajuda a nortear os passos, mas ela em si não caminha. Quem caminha é você, enquanto ser. Não enquanto ‘ser pensante’ apenas, nem enquanto ‘ser que deseja, aspira, sonha’, mas enquanto ser em sua plenitude, com tudo isso e também com seus atos. Para unificar atos, prática, ações, sonhos, pensamentos, sentimentos, desejos, tudo isso, basta Ser. Se você é alguma coisa, então você tem tudo isso dentro de você em relação a esta coisa.

Seja mais reflexivo com sua vida, para saber quem és e quem podes ser.

Seja mais paciente consigo mesmo, pois não será em meio a revoltas que você conseguirá trazer paz para si mesmo e consequentemente, para o mundo.

Caminhe na calmaria, mas não no comodismo. Pense, reflita, faça e seja!

Seja aquilo que você quer do mundo.

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01 maio, 2007

Não tenha medo, tome os caminhos e viva o amor

Quando sentir-se confuso
Quando sentir-se sozinho
Quando sentir-se desmerecido
Quando encontrar-se na escuridão

Tenha Fé
Acredite no que é correto
Acredite no bem do mundo
Acredite em você mesmo

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29 abril, 2007

Pensamentos...

As vezes olho para o passado... e me perco
As vezes olho para o futuro... e sonho

Fico impressionado o quanto a nossa mente pode nos confundir.
E o quanto ela pode nos salvar.
Não acho que a mente seja algo que devemos ter total controle,
Mas também não devemos deixá-la no controle.

Muitas vezes a mente tenta controlar os sentimentos.
O amar se torna amor.
O sonhar se torna sonhos.
O fazer se torna querer.

Abdicamos da nossa vida vivida,
Em troca da vida idealizada.

O confronto do que sonhamos
Com o que temos e somos.
Mas deveria ser assim?
Por que então sonharíamos maravilhas se não pudéssemos torná-las reais?
Seria como a Lua, bela, que podemos apenas contemplar, mas não tocar?
Ou seria como sonhar em um dia ir para Lua, e sim, toca-la?

O que distancia a vida que sonhamos, da vida que temos, é a nossa fé.
Quanto mais acreditamos, mais próxima nossa vida é dos nossos sonhos.
Quanto menos acreditamos, mais distante ficamos.

Mas a Fé passa pelo pensamento, pela imaginação, pelo sentimento?
De onde vem a Fé? Da esperança? Do Amor?
Ah, o Amor...

Feche os olhos por um momento...
Escute seu interior...
Não pense... não procure explicações... não procure simbolizar nada...
Apenas feche os olhos.
Sorria.
Viva.
Sinta.

A Fé está em você. A Fé, é você, quando você, é a Fé.
Tenha Fé na vida. Tenha Fé no amor. Tenha Fé em você.

Seja a criança.
Seja a água.
Seja a mudança.
Que muda, mas sempre é.

E quando seus pensamentos voltarem para lhe incomodar,
Sorria para eles e diga:
Bem vindos... quero lhes apresentar minha Fé.
Pronto. Agora seja!

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24 abril, 2007

O que difere a amizade do amor?

Pergunta simples, mas de difícil resposta. Não pela resposta em si, mas sim porque tudo que envolve sentimentos se torna sempre difícil de expressar em palavras, em argumentos lógicos e coerentes.
O que você prefere? Uma grande amizade ou um grande amor? Muitas pessoas dirão que preferem uma grande amizade, pois esta dura a vida toda. Pois bem, eu prefiro um grande amor, pois se eu creio que uma amizade é por toda vida, eu também creio que um grande amor é por toda eternidade.

Mas não gosto desta separação, amizade e amor.
Penso que a amizade faz parte do amor. Não existe amor entre duas pessoas sem uma amizade entre elas. Porém, também penso não ser possível uma amizade verdadeira entre duas pessoas que não se amam em alguma medida.
Cabe então, talvez refletir sobre o amor. Pois existem formas diferentes de amar, embora o amor seja um só. Amor dos pais pelos filhos, dos filhos pelos pais, de um amigo pelo outro, de um homem por uma mulher, e assim por diante.

Segundo livro de autor anônimo, amar alguém é tornar essa pessoa tão real quanto a si próprio. Eu concordo. Quase sempre nosso ego faz com que a nossa realidade gire em torno de nós mesmos. Como se fóssemos o centro do nosso universo enquanto os outros ‘estão’ em nosso universo. É a sensação do ego. Amar alguém, segundo o autor, seria elevar a pessoa amada ao mesmo patamar que você em seu universo. É perceber alguém tão real quanto você. Uma ótima definição, que cabe para todas as formas de amor.
Mas quero destacar aqui também uma definição da Bíblia, perfeita em todos os sentidos, encontrada no livro de 1 Corintios 13 (4-8): “O Amor é muito paciente e bondoso, nunca é invejoso ou ciumento, nunca é presunçoso nem orgulhoso, nunca é arrogante, nem egoísta, nem tampouco rude. O Amor não exige que se faça o que ele quer. Não é irritadiço, nem melindroso. Não guarda rancor e dificilmente notará o mal que outros lhe fazem. Nunca está satisfeito com a injustiça, mas se alegra quando a verdade triunfa. Se você amar alguém, será leal para com ele, custe o que custar. Sempre acreditará nele, sempre esperará o melhor dele, e sempre se manterá em sua defesa. Todos os dons e poderes especiais que vêm de Deus terminarão um dia, porém o Amor continuará para sempre. (...)”. Eu acredito neste amor. E vejo-o em todas as formas de amar.
Como disse em textos anteriores neste blog, amar é antes de tudo uma ação. Só se ama, amando.

E a amizade? Também não incluí um doar-se ao outro sem querer nada em troca? Ser fiel ao outro sem pensar duas vezes? Estar junto em todos os momentos? Sim, é tudo isso também, tal qual o amor. Por isso eu posso dizer que numa verdadeira amizade existe sim amor. Um amigo pode dizer ao outro com convicção: Eu te amo. Assim como uma mãe fala ao filho.
Mas então voltamos a pergunta inicial: O que diferente a amizade do amor? Até aqui só encontramos semelhanças.

Uma vez que temos a certeza de que existe amor na amizade e que existe amizade no amor, temos então que definir de qual amor estamos falando e querendo encontrar o que o difere da amizade. Pois bem, estamos aqui tratando do amor entre homem e mulher, ou entre um casal. Então a pergunta apropriada seria: o que difere, numa relação entre homem e mulher, uma amizade verdadeira entre ambos e um amor verdadeiro entre ambos (no contexto de homem-mulher)?

Até onde vai este amor entre homem-mulher? Não me parece ser maior que o Amor puro pelo ser humano (o Amor pelo próximo na percepção divina). Mas me parece ser maior do que o amor entre amigos e o amor entre familiares. Em 1Corintios, na Bíblia, há também uma passagem que diz que uma forma do homem ter a certeza de que encontrou sua esposa, é quando o seu amor por ela for maior do que o seu amor por sua mãe. Sim, isso faz muito sentido. Quando amamos uma outra pessoa, com quem pretendemos nos casar e ficar junto, então criamos com esta pessoa uma nova família. Passaremos da nossa atual família, de pais e irmãos, para a nossa própria família, onde seremos os pais. Quando constituímos uma nova família (ainda que apenas um casal) então nossos pais e irmãos se tornam parentes, familiares e não mais a nossa família. Por isso devemos sim amar mais o nosso grande amor, nosso verdadeiro amor, do que os nossos pais, para podemos realizar essa mudança de família sem problemas.
Quando isso ocorre, não há influências de pai, de mãe, de irmãos, que impeça-o de ser feliz com seu grande amor. Ou seja, seu amor por sua parceira ou seu parceiro é maior do que seu amor por seus pais, irmãos, avós, etc. Ainda que sejam amores diferentes, há uma força maior.

E quanto ao amor na amizade? Também penso que é maior. Como disse no início do texto, sei que muitas pessoas consideram a amizade mais importante. Porém eu penso que o amor verdadeiro por sua parceira (seu parceiro) é ainda maior. Amizade dura por toda a vida. Um grande amor dura por toda eternidade, através de várias vidas.
Mas para surgir o amor, deve-se ter a amizade. Se há amor na amizade, é porque há elementos da amizade no amor. Só que há muito mais no amor entre homem-mulher. Se não o for, cairá na mesma questão dos familiares que podem influenciar um relacionamento. Amigos são importantes e podem influenciar de forma positiva sim, mas não definir um relacionamento onde existe um amor verdadeiro.

Muitas pessoas acreditam que se uma relação atingiu um determinado grau de amizade, então não há como os dois namorarem e se amarem. Eu penso o contrário. Só é possível se amarem de verdade quando há um grau elevado na amizade, pois isso significa dizer que já existe de antemão entre essas pessoas, o outro tipo de amor, o amor da amizade, e com ele a cumplicidade, a fidelidade, o companheirismo, o doar-se, dentre outros elementos existentes no amor de um casal. É como se fosse já meio caminho andado.

Pois bem, se quando há grande amizade, há mais chances de um amor verdadeiro, o que faz com que uma amizade se transforme em amor? Em que momento isso ocorre e o que faz ocorrer? A vivência é um elemento. A sintonia é outro. A percepção apurada, o despertar, o sentir a outra pessoa também. Quem não conhece histórias de pessoas que buscavam tanto um grande amor e quando perceberam, seu grande amor sempre esteve perto, ao lado, sendo um amigo ou amiga? Isso ocorre muito, principalmente quando a pessoa consegue ter aquele ‘estalo’. Quantos casais não começaram quando dois amigos se olharam e ‘puff’, perceberam que tinham tudo em comum, que eram muito queridos um pelo outro? Nem todo amor se inicia de uma paixão ardente. Aliás, uma coisa é paixão e outra é amor, embora haja no amor os elementos da paixão, mas não o contrário.

Entendo paixão como uma intensidade muito grande, mas em desequilíbrio. O amor possui a mesma intensidade, e até maior, mas em equilíbrio, em harmonia. Não quer dizer que paixão seja ruim, claro que não. Apenas estou procurando diferir ela do amor. Muitas amizades começaram por paixão também. Depois que este diminui, percebem que não era amor, apenas amizade. E em alguns destes casos, a amizade cresceu posteriormente e então veio o amor. Não há uma regra definida quanto ao início. Mas há quanto a continuidade, a saber: A vivência, seja para perceber o amor, seja para manter o amor, seja para fortalecer o amor.

Quer dizer então que se eu me apaixonar, não vou amar? Não, quer dizer apenas que se você se apaixonar, isso não é amor. Vai ser preciso existir uma amizade forte entre vocês, ainda que já em namoro, para que possa surgir o amor. É como se a amizade fosse um solo fértil para que o amor cresça. E as ações do dia a dia fossem você regando este solo, esta semente de amor, para que cresça e fique forte.
Quando existe apenas paixão, a intensidade em desequilíbrio, num casal, há sempre a possibilidade de que um simples desentendimento acabe com tudo. Isso porque um desentendimento gera mais desequilíbrio, que por sua vez não consegue ser administrado por uma força que já está em desequilíbrio, a paixão. Ao contrário do amor, que é uma força intensa em equilíbrio, capaz de entrar em ressonância com as energias em desequilíbrio que surgirem, a ponto de re-equilibrar todas elas. Converse com um casal de idosos casados há anos e felizes. Eles dirão que passaram por muitos problemas e superaram. Pois tinham o verdadeiro amor, a força intensa de equilíbrio capaz de ajuda-los a superar estes momentos. Brigaram muitas vezes, mas souberam que havia um amor ali e que isso era maior que qualquer outra coisa.

E como percebemos quando estamos amando um amigo ou uma amiga? Antes de tudo, é importante dizer que não é preciso que você já esteja amando. Você pode estar propenso a amar, pode estar com um envolvimento tão forte, um sentimento tão forte por alguém que já é seu amigo ou amiga, que basta um namoro, um tempo de convivência, para que o amor verdadeiro entre vocês surja. Isso não significa dizer que você deve então sair namorando com as pessoas na esperança que daí surja seu grande amor. De forma alguma. Isso seria um movimento do ego e não do coração, ainda que camuflado sob o prisma do ‘desejar um amor para sua vida toda’. Mas não é assim que o amor vem. Pelo contrário, neste ponto há um ditado chinês que cabe muito bem aqui: “Cuide do seu jardim, e as borboletas virão”. É a mesma coisa. Cuide de si mesmo, do seu coração, das suas virtudes, da sua integridade, do seu amor pela vida, por si mesmo, pelos outros, e irradiando este amor, com certeza seu grande amor virá, atraído por ti.

Lembre-se do exemplo que dei anteriormente, do casal de amigos que tanto buscavam por um amor e que somente quando conseguiram parar um pouco a tempestade em seus corações é que puderam perceber que este amor estava ao seu lado o tempo todo. Acalme seu coração e ao invés de buscar desesperadamente um amor, apenas seja amor.

Quer dizer então que eu já devo olhar para os meus amigos e amigas pensando que podem ser meu grande amor? Não, também não é assim. Este comportamento é igual ao que acabei de citar. Correr atrás. Não vai adiantar você agora querer namorar todos seus amigos e amigas na esperança de que um deles seja seu grande amor. Isso seria o mesmo que ficar beijando todos os sapos que encontrar na esperança de que um deles se transforme em seu príncipe (ou princesa)! Não faça isso. Apenas deixe fluir. Faça a amizade dar certo. Espere para ver se vai surgir algo depois de um tempo, algum sentimento mais diferenciado. Aproveite a amizade inicial. Cultive ela. Não queira logo transformar o outro em seu grande amor e vice versa. Também não fique vigiando para ver se isso ocorre. Não há um momento exato em que uma amizade deixa de ser apenas uma amizade e começa a ser amor de casal. Deixe fluir.

Até porque não adianta apenas um dos lados pensar que o outro é seu grande amor. Isso ocorre muito em relação a apaixonar-se, a encantar-se. Um dos lados se apaixona ou se encanta pelo outro sem existir uma correspondência. A amizade neste ponto pode se tornar instável, e até terminar, a menos que já exista um amor de amizade muito forte que consiga lidar com isso e superar. Pois um amor de amizade verdadeiro também é mais forte que uma simples paixão ou encantamento. Isto passa e a amizade continua. Talvez por isso muitas pessoas confundam e acreditem que uma amizade é mais forte que um amor de casal. Não é, mas é mais forte que uma paixão ou um encantamento.

Porém, voltando a questão, pode sim iniciar apenas de um dos lados. Dificilmente um relacionamento começa de ambos os lados ao mesmo tempo, com os dois passando a se gostar da mesma forma ao mesmo tempo. Então aquilo que era apenas paixão, encantamento de um dos lados, pode se tornar amor na medida em que o outro lado vai aos poucos percebendo que também sente algo. E numa amizade, é quase sempre assim que ocorre. Mas sem forçar nada, sem ficar ‘beijando todos os sapos que aparecerem’. Deixe fluir a relação. Quando há uma forte amizade, há sim as chances das coisas caminharem neste sentido, de surgir um encantamento, que poderá passar para uma paixão (intensidade em desequilíbrio) até chegar ao amor (intensidade em equilíbrio). E até mesmo iniciar um namoro a partir do encantamento, suficiente para então fazer surgir o amor. De qualquer modo, agindo assim, no mínimo você ganhará um(a) grande amigo(a). Deixe fluir. As borboletas virão.

Para finalizar, então o que difere a amizade do amor de casal? Alguns apressados poderiam dizer que seria o sexo. Mas não. Há sexo também entre amigos que não se amam. Outros poderiam dizer que é viver juntos. Mas não, pois há amigos que moram juntos e não se amam, embora a convivência possa ajudar a fazer surgir um amor entre os dois. Tem ainda quem vá dizer que é compartilhar bens. Não, pois há casais com divisão total de bens que se amam, assim como há amigos que compartilham bens em comum, mas não se amam.

Contudo há uma diferença entre amizade e amor. Você, eu, todos nós sabemos que há. Mas talvez por esta diferença estar em algo que não é possível de ser ver, por estar justamente na esfera dos sentimentos, das emoções, como eu disse inicialmente, é que se torne difícil de expressar e definir claramente em palavras.

Quando você consegue olhar para uma amiga ou amigo e dizer que é apenas amizade muito forte e quando consegue dizer que já existe ‘algo a mais’? Bom, ‘algo a mais’ não quer dizer amor necessariamente, mas poderá se tornar. Quando se torna amor, você consegue dizer e saber. Mas não sabe quando se transforma em amor, em que momento exato isso ocorre. Assim como é difícil dizer quando é amizade forte e quando já é algo a mais. Difícil explicar. A diferença entre amizade e amor de casal também é assim. Você sabe que existe a diferença. Mas não sabe bem como explicar.

Diante disso, fico com a resposta do filósofo Santo Agostinho, quando lhe perguntaram o que era o Tempo. Não é o tema aqui, mas sua resposta bem cabe a esta nossa questão: “Se não me perguntarem, eu sei. Se já me perguntarem, eu não sei”.

Então, simplesmente, deixe fluir... seja o amor... e ele(ela) virá... ou se revelará...

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