Venha, vamos sonhar
Não tenha mais medo
Não deixe de caminhar
Por medo de errar
Venha comigo, vamos sonhar
Sim, você pode
Sim, você sabe
Venha, me dê sua mão
Siga comigo, vamos sonhar
Seja criança
Volte a sonhar.
Seja feliz
Volte a sorrir.
Sim, eu sei
A vida não parece fácil
Mas ainda assim
Venha sonhar.
Sim, eu vejo
Dificuldades no caminho
Mas mesmo assim
Venha sonhar.
Não se preocupe com o que dirão
Se te chamarem de louco, sonhe
Se te chamarem de irresponsável, sonhe
Se te chamarem de infantil, sonhe
Se te chamarem de sonhador, agradeça.
Não é preciso dinheiro para sonhar
Não é preciso um carro para sonhar
Não é preciso uma casa para sonhar
Não é preciso nada, basta sonhar.
Jamais deixe de sonhar
Jamais deixe de acreditar
O ser humano nasce com duas capacidades inerentes: a capacidade de amar e a capacidade de sonhar.
Eu não preciso te ensinar a sonhar, apenas te lembrar que você pode...
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22 abril, 2007
- Venha Sonhar, Venha! -
21 abril, 2007
Como é bom amar...
Como é bom amar, dar-se ao outro, vivenciar o outro, se entregar ao outro.
Como é bom ser amado, receber sem pedir, ser protegido, ser você sem medo.
Existem formas de amar.
Em todas elas, há pureza, há paixão, há um desejo pelo bem do próximo.
Em cada ato do amor, pois amar só se faz em ações.
Não se ama parado, mas se ama contemplando.
Não se ama calado, mas se ama sorrindo.
Não se ama sem amar.
Amar é uma ação, é um fazer, é um ser.
Seja amor para quem você ama.
Seja amor para si mesmo.
Seja amor para a vida.
Como é bom amar...
Como é bom ser amado...
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07 abril, 2007
Mudanças Em Nossas Vidas
(baseado em estórias orientais)
Certo dia, Verviel foi ter com uma senhora muito sábia e querida na região esquecida e fria de Floresan.
- Por favor, Sábia Ione, eu preciso de uma luz para clarear meus pensamentos e iluminar a direção correta. Minha vida está um caos!
- Toda grande mudança é precedida de caos meu jovem.
- Sim, disso eu sei... mas... mas eu já estou neste caos há bastante tempo. Nada muda. As coisas são sempre iguais, eu sou sempre igual!
- As coisas sempre mudam meu filho, sempre.
- Mas como é possível? Todos os dias eu me vejo na mesma situação, todos os dias eu vejo as mesmas coisas acontecerem em minha vida. Isso não pode ser mudança.
- Você medita?
- Sim, eu medito pelo menos duas vezes por semana.
- Você procura novidades em sua vida?
- Sim, estou sempre tentando inovar em algo, fazer um curso novo, sair com amigos...
- Você reza? Seja lá qual for sua religião.
- Sim, rezo sempre e peço a ajuda de Deus.
- Você procura mudar seu cotidiano?
- Sim, sim! Tento mudar todos os dias, mas nada muda!
- Meu jovem... sua vida já está mudando sim. Só que tais mudanças mais profundas não são perceptíveis. Elas simplesmente vão acontecendo conforme nós estamos abertos à elas e agimos em sintonia com elas. Você está agindo, mas talvez não esteja totalmente aberto, pois sempre procura observar se algo mudou ou não.
- Como assim?
- É como plantar uma árvore. Você coloca a semente na terra e rega todos os dias. Ela está lá, crescendo dentro da terra antes de virar uma pequena muda, mas você não vê este crescimento dentro da terra. Imagine se você todos os dias a retirasse da terra para observar se ela está mesmo crescendo? Ela morreria.
O jovem Verviel abaixou a cabeça e ficou pensamento.
- Entendo o que quer dizer Ione...
- Não se preocupe com a mudança. Faça a mudança, faça parte dela, sem se preocupar com ela.
- Mas... mas como eu vou saber em que momento realmente estou mudando???
A senhora sábia riu e respondeu:
- Você não vai saber. Um dia sim, você perceberá que mudou, mas não saberá quando isso aconteceu.
- Como isso é possível???
- Bom... pegue esta semente no chão.
Verviel pegou uma semente dentre várias que estavam no chão, em meio as árvores.
- Coloque aqui nesta parte do chão.- disse Ione apontando para uma área de terra batida.
Verviel colocou a semente e se afastou.
- Agora pegue outra e coloque ali também.
Verviel catou outra semente e colocou ao lado da anterior.
- Isso, agora pegue outra e coloque junto delas.
Verviel ficou meio confuso, mas pegou outra semente e a colocou sobre as outras duas.
- Agora imagine se você pegar várias outras sementes deste chão, uma de cada vez e ir colocando elas ali, umas sobre as outras. Chegará um momento em que você não terá apenas uma quantidade de sementes no chão, um monte de sementes, mas sim uma montanha de sementes.
- Sim, chegará um momento em que terei uma montanha. O que significa?
- Me diga, em que momento você terá essa montanha? A partir de qual semente você deixará de ter um monte de sementes no chão para ter uma montanha de sementes?
- Eu... eu... não sei... não consigo imaginar um momento onde eu coloque uma semente e o monte se transforme numa montanha, assim como não consigo imaginar um momento onde eu retire uma única semente e a montanha deixe de ser montanha e se torne novamente um monte.
- Pois é meu jovem, mas com toda certeza quando ela estiver montanha, você saberá que é uma montanha, só não saberá quando isso aconteceu. Da mesma forma ocorre com nossas mudanças.
Verviel compreendeu e se iluminou.
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22 setembro, 2006
O Velho Monge Sábio e o Jovem
Um jovem cabisbaixo foi ter com um velho monge muito sábio e respeitado que morava numa cabana próximo a uma grande floresta. Lá chegando o jovem disse ao velho monge:
- Monge, eu estou deprimido. Minha vida é uma grande farsa. Eu já tive tudo e agora não tenho nada. Só coleciono doenças, problemas emocionais, profissionais e mesmo mentais. Tenho amigos, mas parece que eles não são meus amigos de verdade. Não tenho namorada pois todas me largam na primeira semana. Sou um fracasso completo. Meu lado espiritual não existe e meu lado racional me consome, me culpa e não me ajuda em nada. Por favor, me ajude! - terminou suplicando o jovem.
- Venha comigo, vamos caminhar um pouco pela floresta. - disse o velho, caminhando em direção da floresta.
O jovem o seguiu e eles caminharam em silêncio por quase três horas. Ao final da caminhada, o monge disse:
- Volte amanhã, para caminharmos mais um pouco.
No dia seguinte o jovem veio e ambos caminharam novamente em silêncio por quase três horas. Ao final da caminhada, o velho disse:
- Volte amanhã novamente, para caminharmos mais um pouco.
E assim aconteceu por meses e meses, todos os dias o monge e o jovem caminhando em silêncio por algumas horas. O jovem, no entando, parecia não mudar em nada seu comportamento.
Até que um dia, no meio da caminhada, o jovem parou e reclamou em alto tom.
- Poxa monge, chega! Eu vim até aqui lhe pedir uma ajuda para um grande problema que venho passando. Até agora tudo o que fizemos foi sempre caminharmos por essa floresta sem dizer absolutamente nada, todos os dias, por meses e meses, sem melhorar em nada a minha situação. Eu continuo na mesma, com uma porcaria de vida! Nada disso aqui resolveu. Eu continuo sendo um fracassado, não tendo ninguém ao meu lado, duelando com meus pensamentos, meus sentimentos, sem amigos, sem nada na vida!!! Que droga!
O velho monge ficou parado escutando a tudo com atenção e calma. Logo em seguida, continou a caminhar e disse com muita serenidade:
- Você caminhou até agora apenas para poder me dizer tudo isso. Vamos continuar caminhando. Mas agora, caminhe para que não precise mais me dizer essas coisas.
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01 julho, 2005
Estórias do Velho Sábio de Barba Azul - Parte 3
I)
Uma jovem foi ter com o Velho Sábio de barba azul.
- Sábio, por favor, me ajude a escutar e seguir mais a minha intuição.
- Então por que você está aqui? – respondeu o velho.
- Desejo escutar e seguir mais a minha intuição. – disse a jovem.
- Então por que estás aqui? – respondeu mais uma vez o velho.
- Como eu disse antes, desejo sua ajuda para poder escutar e seguir mais a minha intuição.
- Então por que estás aqui? – disse novamente o velho.
Foi quando a jovem compreendeu e saiu feliz.
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Estórias do Velho Sábio de Barba Azul - Parte 2
II)
Um jovem foi ter com o Velho Sábio de barba azul. Queria que este lhe ajudasse a compreender o mundo. Ao chegar próximo da cabana do velho, encontrou este participando levemente de uma divertida partida de futebol com outros velhos da região.
O jovem ficou surpreso com o que viu. Esperava encontrar o velho sábio sentado em posição de lótus, pronto para lhe dar conselhos sábios. Contudo, foi ter assim mesmo com o velho, após o jogo.
- Velho, vim aqui para lhe pedir conselhos, mas me espantei com o que vi. – disse ele ao sábio.
- É mesmo?
- Sim, fiquei apreensivo. Não era o que eu esperava.
O velho então apontou para um limoeiro ali próximo e perguntou:
- O que vês?
- Apenas uma árvore. Por que? – respondeu o jovem.
- Suma daqui! – disse em voz alta o velho. – Quando conseguires me dizer pelo menos trinta outras possibilidades a respeito daquele limoeiro então volte aqui para continuarmos nossa conversa.
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Estórias do Velho Sábio de Barba Azul
III)
Um jovem foi ter com o Velho Sábio de barba azul.
- Velho, estou amando a Liz. Ela também disse que me ama e que quer se casar comigo. Gostaria de um conselho seu para saber como eu devo me portar diante desse amor.
- Eu a vi ontem beijando um outro rapaz. – disse o velho.
- Outro rapaz?! Como ela pôde? Como isso é possível? E ela ainda disse que me amava. Que mentirosa! - reclamou o jovem. – mas eu a amo e não vou desistir dela assim! Por favor, sábio, me ajude então a conquistar ela. Eu a amo! O que eu devo fazer?
- Vá para casa e esqueça ela. – respondeu o velho.
- Esquecer? Como assim? Eu a amo!– retrucou o jovem.
- Por que queres conquistar alguém que não amas? – perguntou o velho.
- Mas eu a amo!
- Como pode amar alguém cuja palavra você dá menos valor do que a de um velho de barba azul?
IV)
O jovem voltou dias depois para ter com o velho novamente sobre este mesmo assunto.
- Sábio, por favor, eu confio nela. Eu a amo. Mas preciso saber se ela realmente estava beijando outro rapaz ou não.
- Suma daqui!
V)
Dias depois o jovem voltou para ter com o velho sábio de barba azul novamente sobre o mesmo assunto.
- Sábio, por que eu não posso saber a verdade?
- Ou você confia nela, ou não confia. A verdade em nada tem a ver.
- Então eu devo confiar nela, acreditar nela, mesmo se for verdade o que o senhor me disse? O amor deve ser realmente cego para ser amor?
- Quanta barbaridade pode falar... – retrucou o velho – O amor não é cego, pelo contrário, é luz, é iluminação, é ver o invisível.
- Então por que eu não posso saber se é verdade ou não que ela estava beijando outro rapaz? E se eu confiar nela e ela de fato beijou outro rapaz? Como eu posso ter a certeza, a confiança, sem saber o que aconteceu de fato?
- Esta vendo aquela xícara? – perguntou o velho apontando para uma velha xícara grande de barro, ao lado de um barril de vinho.
- Sim, estou.
- O que tem dentro dela?
- Vinho.
O velho pegou a xícara e jogou a água que estava dentro dela no rosto do jovem.
- Acorde! – gritou o velho – não percebes que não é possível ver o interior através do exterior? Ou tens a confiança dentro de ti, ou não a tens.
O jovem finalmente compreendeu e saiu feliz.
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29 junho, 2005
Pensar demais...
As vezes (e somente as vezes) o pensamento demasiado atrapalha. Há momentos em que a prática imediata, simplificada e intuitiva dá conta do que o pensamento, ainda que bem estruturado e argumentado, não dá. Nem mesmo explica. Pior, complica.
Tentamos desvendar grandes mistérios, pensamentos, questões metafísicas, sempre com reflexões e meta-pensamentos que não nos darão a resposta em momentos onde precisamos agir, somente agir. Queremos algo, pensamos muito sobre este algo e isso em muitos casos nos atrapalha.
Segue abaixo uma estória oriental que trata muito bem deste assunto:
"Certa ocasião, Buda estava no Bosque de Jeta, junto à cidade de Saravasti. Um monge de nome Malunkya veio ter com ele, parecendo bastante preocupado. Ele se afligia com o fato de buda jamais responder às seguintes questões, amplamente ventiladas pelos pensadores de sua época:
a) O mundo é finito ou infinito?
b) Corpo e espírito são uma coisa só ou duas coisas separadas?
c) O homem tem uma vida de além-túmulo?
Malunkya, que gostava de Filosofia, estava bastante aborrecido por Buda não tratar dessas questões, e disse-lhe:
- Ó Perfeito! Se não responderdes a minhas dúvidas, deixarei a Comunidade e voltarei à vida mundana.
Buda respondeu-lhe da seguinte maneira:
- Malunkya: certa vez um homem foi ferido por uma seta(flecha) envenenada. Os amigos correram a buscar um médico, mas o ferido disse que só consentiria que lhe extraíssem a seta e o tratassem depois de lhe explicarem quem atirou a seta, com que arco ela foi lançada, qual a sua forma, etc. Que terá acontecido com ele? Certamente há de ter morrido antes de ver esclarecidas suas dúvidas. Malunkya: da mesma forma, respostas a perguntas acerca do caráter finito ou infinito do universo, da natureza da alma, etc., não nos libertam do sofrimento. Precisamos libertar-nos do sofrimento nesta mesma vida. Por isso, Malunkya, não te preocupes com as questões que não ensino. Preocupa-te com as que ensino, que são: a Existência do Sofrimento, a Origem do Sofrimento, a Cessação do Sofrimento e o Caminho da Cessação do Sofrimento."
Não percas muito tempo pensando em como se sentir melhor, em como ser feliz, em como ser isso ou aquilo. Seu pensamento pode seguir caminhos que em nada lhe ajudarão a ser o que queres ser. Se quer ser algo, não pense tanto, apenas seja.
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27 junho, 2005
Os primeiros passos...
Eu vejo o sol
Eu vejo a lua
Eu vejo as pessoas
Eu... vejo... o caminho
Os primeiros passos...
Seriam os mais puros?
Seriam os mais verdadeiros?
Seriam os únicos?
Os caminhos possíveis
O caos que emerge a cada passo
A dúvida que nasce...
A certeza que surge...
No caminho eu vejo o sol
Eu vejo a lua
Eu vejo as pessoas
Eu... vejo... a mim mesmo.
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